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Opinião

Conscientização e quebra de tabus sobre suicídio é proposta do Setembro Amarelo, diz vereador Chadid

05 setembro 2016 - 17h52
A instituição do Setembro Amarelo em Campo Grande, lei criada pelo vereador José Chadid (PSDB) e aprovada em 15 de dezembro de 2015, estabelece a realização de campanhas com a finalidade de prevenir suicídios em Campo Grande com o desenvolvimento de ações, dentre elas debates sobre o problema e suas possíveis causas. Em 2016, a Campanha Setembro Amarelo chega ao seu terceiro ano seguido no País. Criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a campanha foi trazida para o Brasil pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com a Associação Médica Brasileira (AMB), Conselho Federal de Medicina (CFM), Federação Nacional dos Médicos  (FENAM), assim como suas regionais e  federadas.
 
Para se ter um ideia, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) possui indicadores de que 17% das pessoas no país já pensaram, em algum momento, tirar a própria vida. Por isso, a entidade e parceiras, elaboraram uma cartilha para dar orientações aos profissionais da área de saúde em casos de tentativas ou para identificação de possíveis casos em seus pacientes.
O vereador  Chadid, que é psicólogo, tem reiterado a importância do Setembro Amarelo  reafirmando que muitos casos são oriundos da depressão, que se não diagnosticada e tratada,  leva as pessoas a tomarem decisões extremas. Daí a necessidade de conscientizar à sociedade em geral a respeito de um assunto que ainda é tratado como tabu. Nesta mesma linha, a Associação Brasileira de Psiquiatria, juntamente com o CBF, a Federação Nacional dos Médicos e suas regionais enfatizam o combate ao estigma que paira sobre o tema, informando a população e falando sobre o assunto.
 
Números

Em Campo Grande, números fornecidos pela Secretaria Municipal de Saúde, durante audiências públicas no ano que passou, mostraram que de janeiro a outubro haviam sido registradas 598 tentativas de suicídio na Capital, enquanto que em 2014 ocorreram 53 óbitos. Na época, outro fator alarmante foram dados, também daquela secretaria, de que o suicídio tinha respondido pela terceira causa de mortes em 2014 dentre as causas externas, enquanto que a tentativa foi a terceira violência mais registrada. A faixa etária de quem pratica o suicídio é de 15 a 34 anos. 
 
Diante desse quadro, o vereador José Chadid apresentou o projeto de lei levando em conta que a Associação Internacional de Prevenção do Suicídio havia criado a campanha do Setembro Amarelo e estabelecendo o dia 10 de setembro como o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio. 
 
O parlamentar, além do projeto de lei criando o Setembro Amarelo, encaminhou à Prefeitura Municipal uma solicitação para que fosse feita avaliação sobre possível alteração da estrutura arquitetônica do viaduto da Avenida Afonso Pena, sobre a Rua Ceará, de modo a impedir que continuassem a ocorrer registros de tentativas de suicídio no local. Somente no segundo semestre de 2015, quatro casos dessa natureza tinham ocorrido. O parlamentar à época explicou que essa análise forneceria subsídios para que arquitetos e engenheiros  idealizassem projeto que serviria ao propósito de coibir ações semelhantes e que as mudanças arquitetônicas transformariam o viaduto em um cartão postal da cidade.