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Opinião

OPINIÃO - Como funciona a Metodologia Política

26 agosto 2016 - 12h30Por José Alberto Vasconcellos

Não vamos afiançar que o equivoco no procedimento afeta todos os políticos, mas a maioria sim. Eles prometem obras, serviços, aumentos salariais, empregos e outras providencias ou vantagens que implicam em elevados gastos, como se fossem os donos do dinheiro gerado pelos impostos.

Os políticos hipocritamente assim agindo, num ambiente viciado pelo uso reiterado e contumaz de bandalheiras, sem objeção social que possa barrar-lhes nas ações nefastas, mantém-se alheios ao mundo real e desfrutam da conduta que desvirtua a moral, incrementa o crime e provoca inimagináveis prejuízos à Nação e ao País.

O que acontece no mundo político brasileiro, faz-nos lembrar o que disse Joseph Paul Goebbels (1897-1945) político alemão, Ministro da Informação e Propaganda do III Reich (1933-1945): “ — Uma mentira dita muitas vezes transforma-se numa verdade!”

Explica-se, assim, porque a mania de mentir e distorcer os fatos já não surpreende mais, não mais causam estranheza ao povo brasileiro. Os arroubos imperativos: — Eu farei! — Eu darei! — Eu mandarei... tentam, com a arrogância coroada pela megalomania, fazer-nos crer que o dinheiro do Erário pertence a eles e que podem gastá-lo conforme desejam, sem observar as normas que regulam o gasto do dinheiro público, resultante da arrecadação dos impostos.

Tendo o dinheiro público como seu, constroem obras irrecomendáveis ao custo que melhor lhes convém, reservado ao arrepio de qualquer imposição, o butim, conforme costume pacífico na República Federativa do Brasil. Elevam salários, contratam pessoas despreparadas e desnecessárias para o serviço público; fazem tudo o que não interessa aos contribuintes, a cada dia mais escorchados pelos impostos obrigados a recolher, para cobrir os rombos produzidos pela incompetência administrativa e ação criminosa de escroques, beneficiários dos votos de eleitores simplórios e desinformados.

Separada e recebida sua parcela no custo da obra, não lhe sobra mais nenhum interesse: na escola, no posto de saúde, no Instituto Médico Legal (IML) e noutras obras que prometeu ao povo. A maioria delas apresenta-se, pelo estágio na construção ou pela falta de instalação, sem nenhuma utilidade. Nosso IML, pronto já há alguns anos, parece-nos que não funciona até hoje, porque falta-lhe alguma coisa que seria comprada com a parte desviada.

O eleitor tem a obrigação de repelir a demagogia e a roubalheira que toma conta da nossa política. Fazer o político entender que os impostos são gerados pelo trabalho, muitas vezes, de pessoas pobres, que têm dificuldades até para alimentarem-se.

As injustiças saltam aos olhos, e o Ministério Público, como fiscal no cumprimento das leis, não tem dado a atenção devida ao que acontece em todos setores da administração pública. Um exemplo é a Estrada do Potreirito que agora vem sendo asfaltada. Essa via pública tem uma parte, cerca de um quilômetro, surripiada a luz do dia, depois de mais de 60 de uso pela comunidade. Um ex-prefeito apossou-se de trecho dessa via pública, entre o Almoxarifado da Enersul e a avenida Marcelino Pires e o então prefeito do PT fechou os olhos! As pessoas prejudicadas pelo fechamento da Estrada, recorreram ao MP, mas até hoje, corridos vários anos, o órgão não deu nenhuma solução ao processo que foi instaurado, ajudando, assim, a consolidar o acintoso roubo, de parte de uma via pública, com mais de 60 anos de uso! Crime inimaginável, até sob a ótica do Boko Haran (!!!)

Nessa toada vamos pagando impostos, cada vez mais elevados, para sustentar um quadro de funcionários públicos assustador pelo tamanho, sem nunca conseguirmos testemunhar o que fazem; sabemos apenas o que deixam de fazer.

Registro por fim, que hoje [quarta-feira, dia 24] fui matar com “Regent” da Basf, os formigueiros de saúva que ameaçam derrubar o prédio onde funcionou o Posto de Saúde do Estado, tipo “A”, na confluência da rua João Cândido da Câmara e Emilio Figueiredo, inteiramente abandonado há anos, que vem sendo depredado por maconheiros e outros vagabundos, sem nenhuma providência do Governo do Estado e tampouco nenhum respeito aos contribuintes, que custearam a obra e esperam o retorno.

A nós resta atentar, para ver se o Lula, depois da ONU e da OEA, vai recorrer a OTAN.

* O autor é membro da Academia Douradense de Letras ([email protected])