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Tecnologia

Hacker que clonou Marcela disse que poderia jogar Temer 'na lama'

12 fevereiro 2017 - 11h01

O hacker que clonou o celular da primeira-dama Marcela Temer ameaçou revelar uma conversa dela com o irmão sobre um marqueteiro do então vice-presidente Michel Temer (PMDB). O caso de clonagem chegou a ser divulgado pelo jornal “Folha de S. Paulo”, mas, na ocasião, foi mencionado que o hacker estava chantageando Marcela para não divulgar fotos íntimas, como repercute o portal G1.

O hacker já foi julgado e condenado em primeira instância a 5 anos, 10 meses e 25 dias de prisão em regime fechado por estelionato e extorsão. Cabe recurso. O Jornal Hoje, da TV Globo, também teve acesso ao processo de investigação da Polícia Civil e da denúncia feita pelo Ministério Público de São Paulo. Ao todo, são 1.109 páginas que detalham como o hacker conseguiu ter acesso a arquivos pessoais e íntimos da mulher de Temer.

Em depoimento, o hacker disse que conseguiu pegar os dados de Marcela após comprar um arquivo de computador no bairro de Santa Ifigênia, no centro de São Paulo. Ele entrou nos arquivos remotos, copiou todas as senhas, fotos e áudios do celular de Marcela. E, depois, passou a chantageá-la. O jornal publicou, em abril de 2016, que o hacker mandou uma mensagem para Marcela cobrando R$ 300 mil para não divulgar a foto dela com o irmão.

“Achei que esse vídeo joga o nome de vosso marido na lama quando você disse que ele tem um marqueteiro que faz a parte baixo nível. Pensei em ganhar algo com isso”, diz a mensagem enviada para Marcela. A mulher do presidente responde: “Quer negociar comigo? Isso é montagem. E aí, vai fazer o quê? Quer me encontrar?”, disse.

O hacker responde: “Sabe que não é montagem, não tem corte”. E Marcela escreve: “Bandido, criminoso, minha vida é limpa e basta. Montagem, montagem, não tenho medo de você”, afirmou. Segundo o G1, a ‘Folha’ apurou que o marqueteiro a que o hacker se refere é Arlon Viana, atual assessor do presidente Michel Temer.

A Polícia Civil de São Paulo, que era comandada pelo hoje ministro da Justiça licenciado, Alexandre de Morais, criou uma força-tarefa para prender o hacker. Silvonei José de Jesus Souza pediu R$ 300 mil para não vazar fotos íntimas e áudios de Marcela. Réu primário, Souza cumprirá pena no presídio de Tremembé, no interior de São Paulo. O processo foi aberto em abril, ganhou classificação “prioritária” e foi concluído 6 meses depois.