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Após decisão dos britânicos de deixar UE, Cameron admite renúncia

25 junho 2016 - 10h08

O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, anunciou nesta sexta-feira (24) a intenção de renunciar em outubro depois que os britânicos votaram a favor da saída da EU (União Europeia). Em declaração na porta da residência oficial de Downing Street, Cameron disse que o povo britânico se manifestou e essa vontade deve ser respeitada.

O político comunicou a intenção de renunciar depois que o "brexit" - saída britânica da UE - ganhou com 52% de apoio no referendo realizado quinta-feira (23), cujo resultado foi conhecido na madrugada desta sexta. Também informou que as negociações com Bruxelas para estabelecer o processo de ruptura do Reino Unido da UE deverão acontecer com outro líder, que deverá ser eleito no próximo mês de outubro, quando será realizado o congresso do partido.

Cameron afirmou que o próximo primeiro-ministro deverá decidir se ativará o artigo 50 do Tratado de Lisboa, que estabelece o processo sobre a retirada de um Estado-membro da UE. "Agora que a decisão de sair foi tomada, precisamos encontrar a melhor maneira (para fazer isso)", disse Cameron, informando que o governo se reunirá na segunda-feira (27) para tratar do assunto.

Além disso, ele tranquilizou o Reino Unido, disse que não haverá "mudanças imediatas" no livre movimento de cidadãos, mercadorias e serviços. "O Reino Unido é um país especial, temos tão grandes vantagens, uma democracia parlamentar na qual resolvemos os grandes problemas sobre nosso futuro através de um debate pacífico, uma grande nação comercial com nossa ciência e as artes", disse.

O Reino Unido deixará a União Europeia após 52% dos britânicos optarem pela ruptura, contra 48% que defendiam a permanência no bloco comunitário. Os eleitores que deram o "sim" para a saída da UE chegaram a 17.410.742 votos enquanto os que defendiam a permanência somaram 16.141.241, conforme repercutiu o portal Terra à reportagem da agência Efe.