O líder cubano Fidel Castro, que ficou no poder durante 48 anos, admitiu nesta quinta-feira que a revolução cometeu erros, mas nunca traição, e destacou que "continua de pé" apesar da política de agressão dos EUA.
"Nós, revolucionários cubanos, cometemos erros, e continuamos cometendo, mas jamais cometeremos o erro de ser traidores", disse Castro, de 84 anos.
Em um artigo publicado na imprensa local, onde escreve regularmente suas "reflexões" sobre temas da atualidade, sobre a crise alimentar mundial, o líder que deixou o poder há quatro anos por motivos de saúde, acrescentou que "talvez o principal erro de idealismo cometido foi pensar que no mundo havia uma determinada quantidade de justiça e e de respeito ao direito dos povos quando, certamente, não existia absolutamente".
Fidel afirmou que a revolução "se mantém de pé" apesar da política de 11 presidentes na Casa Branca, mantida durante meio século.
"Desapareceu a URSS [União Soviética], e a revolução seguiu adiante. Não foi feita com a permissão dos Estados Unidos, e sim submetida a um bloqueio cruel e impiedoso."