Argentina pretende alcançar uma produção de 840 mil automóveis em 2011, cerca de 15% a mais que o número recorde previsto para 2010, informaram nesta quinta-feira fontes oficiais.
O mercado argentino também quer fechar novos negócios de exportação na América Central e renovar o convênio comercial com a Venezuela, entre outras medidas para reduzir o déficit comercial do setor automotivo.
"Em 2010, a Argentina conseguiu reduzir em quase US$ 500 milhões o déficit comercial do setor em comparação aos valores de 2008, ainda com um aumento na produção de 22%", destacou a ministra de Indústria argentina, Débora Giorgi, em comunicado.
Giorgi se reuniu com a Associação de Fábricas de Automotores, formada por multinacionais europeias, americanas e japonesas instaladas no país e que este ano iniciaram investimentos "por mais de US$ 1 bilhão", indicou a ministra.
Argentina e Brasil, que têm um acordo de comércio compensado de automóveis, "consolidaram um mercado de quase 5 milhões de veículos e essa demanda é a que devemos valorizar em toda sua dimensão em um mundo onde os países centrais ainda não se recuperaram", ressaltou Giorgi.
Em 2010, a Argentina exportou 6,5 mil veículos à Venezuela, um mercado ao que a indústria automotiva "tinha perdido todo acesso e o recuperou em 2009", indicou.
"Há um caminho claro que iniciamos através de políticas de controle das importações e de incentivos fiscais e financeiros", acrescentou Giorgi.
Durante este ano, Argentina alcançou um recorde de produção que gira entre 730 mil veículos, número que se prevê aumentar até as 840 mil unidades, segundo informaram os empresários à ministra.
