Menu
Buscarsexta, 19 de abril de 2024
(67) 99913-8196
Dourados
23°C
Mundo

Presidente coreano quer discutir programa nuclear

29 dezembro 2010 - 17h19Por Redação Douranews, com Folha

O presidente da Coreia do Sul fez um chamado para que as negociações sejam a estratégia para enfrentar a crise nuclear na península coreana, mas analistas dizem que as chances de conversações internacionais são pequenas por causa da profunda divisão entre as Coreias e a falta de pressão sobre o recluso Norte.

O presidente Lee Myung-bak, que prometeu adotar uma posição firme contra qualquer ataque do Norte, também pediu nesta quarta-feira um novo diálogo entre as Coreias, dizendo que somente uma política militar dura da parte do Sul não vai aliviar a tensão.

Conversações envolvendo seis partes, com o objetivo de desmantelar o arsenal nuclear da Coreia do Norte, são o único fórum para o programa de desarmamento em troca de ajuda e reconhecimento diplomático, disse Lee em um comunicado do Ministério de Relações Exteriores. O governo norte-coreano abandonou as negociações há dois anos.

"Acho que a remoção dos programas nucleares da Coreia do Norte deveria ser alcançado por meio de negociações entre as seis partes, no ano que vem", afirmou. Mas analistas dizem duvidar que isso possa ser conseguido, já que o Norte não tem motivo para fazer grandes concessões. Pode haver reuniões entre as duas Coreias, China, Estados Unidos, Rússia e Japão, as seis partes envolvidas nas negociações, mas a "desnuclearização" está fora de questão, dizem eles.

"Pode haver algum tipo de processo alternativo em 2011, mas é difícil prever. Há muito pessimismo agora em relação à Coreia do Norte", afirmou Scott Snyder, perito nas relações EUA-Coreia, na Asia Foundation. Como os EUA, a Coréia do Sul indicou sua relutância em retomar o processo diplomático, a não ser que a Coreia do Norte, país comunista fechado, dê passos para desmantelar seu programa nuclear.

Os EUA também esperam que a China pressione a Coreia do Norte, da qual é o aliado mais importante, mas a China impôs como precondição a retomada das negociações entre as seis partes.