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Revelações do Wikileaks criam mal estar entre Rússia e EUA

02 dezembro 2010 - 09h31Por Redação Douranews, com AE

As postagens no site Wikileaks de telegramas diplomáticos dos Estados Unidos, fizeram com que o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, expressasse seu mal estar pelo conteúdo sobre ele e sobre o presidente da Rússia Dmitri Medvedev. Putin afirmou que não esperava tanta "arrogância, grosseria e falta de ética".

Em entrevista concedida a Larry King, da emissora CNN, Putin assegurou que as afirmações de diplomatas americanos em um dos telegramas de que ele é 'Batman' e Medvedev é 'Robin' têm o objetivo de "desonrar" os dois.

"Para ser honesto, não esperávamos tanta arrogância, tanta grosseria e de forma tão pouco ética", disse Putin, que avaliou, no entanto, que o vazamento "não é uma catástrofe".

O primeiro-ministro também se referiu a um dos telegramas, no qual o secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, disse a seu colega francês que "a democracia russa desapareceu e o governo é uma oligarquia dirigida pelos serviços de segurança".

Putin rejeitou taxativamente esta afirmação e assegurou que Gates estava "muito errado", manifestando que as autoridades americanas não devem interferir nos assuntos internos da Rússia.

Neste contexto, Putin disse que no momento adequado decidirá "de comum acordo" com Medvedev quem será o candidato nas eleições presidenciais e se apresentará novamente em 2012.

Na entrevista, Putin advertiu a Washington que a Rússia desenvolverá novas armas nucleares se os EUA não ratificarem o tratado de desarmamento nuclear Start, assinado em abril por Medvedev e Barack Obama.

O novo tratado Start reduziria em cerca de 30% o número de ogivas nucleares, para 1.550 para cada um dos países.

O primeiro-ministro russo também disse que "seria muito tolo" se os EUA ignorassem seus próprios interesses, mas se os americanos fizerem isso, "então teremos que reagir de alguma maneira".