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Detentos burlam a lei e vendem conteúdo erótico em plataforma digital

17 abril 2021 - 19h19

Uma plataforma digital virou fenômeno para a postagem e a venda de conteúdo erótico durante a pandemia. Um grande número de homens e mulheres oferece nudes a assinantes da OnlyFans. A estratégia viral também contagiou um grupo de detentos no México, que decidiu desafiar novamente a lei de dentro das suas celas.

Inicialmente, os presidiários recorreram ao Twitter, onde mostravam cenas picantes feitas entre eles no cárcere. Depois, eles decidiram migrar para a outra plataforma. O perfil logo chamou atenção e alcançou mil assinantes, que aceitaram pagar o equivalente a R$ 28 por mês pelo conteúdo adulto. Depois que a história viralizou, as contas foram eliminadas das duas redes sociais na semana passada. Os detentos chegaram a disponibilizar para os clientes 78 vídeos, incluindo cenas de sexo entre presos, e 73 fotos explícitas.

Autoridades do sistema penitenciário estão investigando o caso, contou o jornal mexicano "El Heraldo". Os participantes da plataforma erótica teriam proteção dos líderes de cartéis, que cobrariam uma taxa sobre o lucro do grupo. De acordo com detentos, a iniciativa na web tinha como objetivo arrecadar dinheiro para comprar artigos dos quais os presos mais necessitam.

Página de detentos mexicanos na OnlyFans cobrava R$ 28 por mês a assinantes de conteúdo erótico
Página de detentos mexicanos na OnlyFans cobrava R$ 28 por mês a assinantes de conteúdo erótico Foto: Reprodução

Com crescente taxa de criminalidade, o México vive uma grave crise de superlotação nos seus presídios. Pesquisa recente aponta que 26% dos detentos afirmam não ter acesso a água potável e que 72% não se sentem seguros no cárcere, onde quadrilhas rivais costumam se enfrentar.