Menu
Buscarquarta, 24 de abril de 2024
(67) 99913-8196
Dourados
27°C
Mundo

Irã não vai mandar mulher condenada a morte por adultério para o Brasil

16 agosto 2010 - 21h14

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou que Sakineh Mohammadi-Ashtiani, condenada à morte pelo crime de adultério, não será enviada ao Brasil. O presidente Lula ofereceu apoio, mas Ahmadinejad disse que "não há necessidade de criar problemas" para o líder brasileiro.

"Há um juiz e, no fim das contas, os juízes são independentes. Mas conversei com o chefe do Judiciário e ele também não concorda (com a proposta brasileira de asilo)", afirmou Ahmadinejad em entrevista exibida pela rede estatal Press TV. "Acho que não há necessidade de criar problemas ao presidente Lula e levá-la ao Brasil", acrescentou.

Ashtiani, de 43 anos, está presa no Irã desde maio de 2006, quando um tribunal na Província do Azerbaijão Ocidental a considerou culpada por manter “relações ilícitas” com dois homens após a morte de seu marido. No sábado, a Justiça iraniana adiou a decisão sobre a execução de Sakineh e marcou uma nova reunião para o dia 21 de agosto.

Antes de Ahmadinejad, outras autoridades iranianas já haviam indicado que o país não aceitaria a proposta do Brasil. Há mais de uma semana, o porta-voz do Ministério do Exterior iraniano afirmou que o presidente Lula tem "personalidade emotiva" e fez a oferta sem "informação suficiente" sobre o caso.

Na semana passada, o embaixador do Irã no Brasil, Mohsen Shaterzadeh, descartou o envio de Sakineh ao Brasil. Em entrevista à Agência Brasil, ele disse que a mulher condenada é iraniana, o que, segundo ele, "elimina a possibilidade de outro país ser incluído no processo".