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OMS não crê que frango exportado do Brasil para a China contenha coronavírus

14 agosto 2020 - 13h11

A OMS (Organização Mundial da Saúde) minimizou nessa quinta-feira (13) o risco de o novo coronavírus ser transmitido por meio de embalagens de alimentos, e pediu às pessoas que não tenham medo de que o vírus entre na cadeia alimentar.

Duas cidades da China disseram ter encontrado vestígios do vírus em alimentos congelados importados e em embalagens de alimentos, provocando o temor de que remessas de alimentos contaminados possam causar novos surtos. As informações de que o frango exportado do Brasil teria contaminação pelo coronavírus provocaram alerta geral.

"As pessoas não devem temer alimentos, embalagens de alimentos ou entrega de alimentos", disse o chefe do Programa de Emergências da OMS, Mike Ryan, em entrevista coletiva. "Não há evidências de que a cadeia alimentar esteja participando da transmissão desse vírus", disse.

Maria Van Kerkhove, epidemiologista da OMS, disse que a China examinou milhares de embalagens e "descobriu que muito poucas, menos de dez", tinham o vírus, não especificando se entre essas estaria o frango brasileiro, escreve Stephanie Nebehay, repórter da Reuters em Genebra, na Suiça.

Mais de 20,69 milhões de pessoas foram infectadas com o novo coronavírus e quase 750 mil morreram no mundo até agora. A OMS fez um apelo para que países que estão fechando acordos bilaterais de vacinas no momento não abandonem os esforços multilaterais, já que bolsões isolados de vacinação continuarão deixando o mundo vulnerável.

Na terça-feira (11), o presidente Vladimir Putin anunciou que a Rússia se tornou o primeiro país do mundo a conceder aprovação regulatória a uma vacina contra a Covid-19, depois de menos de dois meses de testes em humanos, uma ação que Moscou comparou com seu sucesso na corrida espacial durante a Guerra Fria.

A decisão de conceder a aprovação antes que sejam concluídos os testes clínicos causou preocupação em alguns especialistas. Só cerca de 10% dos testes clínicos são bem-sucedidos, e alguns cientistas temem que Moscou esteja colocando o prestígio nacional acima da segurança. A OMS afirma que não tem informação suficiente para julgar o uso ampliado da vacina russa, segundo disse Bruce Aylward, conselheiro sênior da entidade, em entrevista.