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Paraguai pede ao Brasil para cancelar refúgio a sequestradores do País

09 janeiro 2019 - 17h43

O governo do Paraguai vai pedir ao Brasil o cancelamento, a revogação e a cessação do estatuto de refugiado concedido a Juan Arrom, Anúncio Martí e Victor Colman. Os três foram processados pela Justiça paraguaia pelo sequestro de uma mulher há quase 18 anos.

O vice-ministro das Relações Exteriores, Hugo Saguier, anunciou a decisão nesta quarta-feira (9) depois se de reunir com o presidente paraguaio, Mario Abdo Benítez. Ele disse que o Paraguai aguardava a posse do presidente Jair Bolsonaro para entrar com a solicitação. Nesta quinta (10) Saguier se encontrará em Brasília com o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e entregará o pedido do governo paraguaio.

A concessão do estatuto de refugiado é dada pelo Conare, o Comitê Nacional para Refugiados, órgão ligado ao Ministério da Justiça e Segurança. "Verificou-se que os refugiados violaram as normas internas brasileiras", afirmou o vice-chanceler.

Processo

Arrom, Martí e Colmán foram indiciados pelo sequestro de María Edith Bordón de Debernardi, mulher de um empresário paraguaio, em 2001. A mulher foi libertada, após pagamento de resgate, cerca de dois meses depois de ser capturada. Arrom e Martí acusam policiais de torturá-los e cobram indenização do Estado paraguaio. O governo do Paraguai recorreu e houve interferência da Corte Interamericana de Direitos Humanos. Em 7 de fevereiro, o Paraguai apresentará argumentos alegando que ambos são fugitivos da Justiça, publica a Agência Brasil de notícias.