O Conselho de Segurança das Nações Unidas se reúne, nesta quinta-feira (12), a portas fechadas, para debater a possibilidade de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reagir com ataques armados ao suposto uso de armas químicas pelo governo sírio de Bashar Al Assad, agravando a tensão na região cuja guerra dura sete anos. A reunião foi convocada pela Bolívia, aliada da Rússia.
Esta reunião na sede do Conselho da ONU será a segunda em dois dias. A primeira ocorreu terça-feira (10), quando o conselho discutiu a possibilidade de uma investigação para determinar se há ligação de Bashar Al Assad com os ataques a civis.
A Rússia vetou no Conselho de Segurança uma proposta dos Estados Unidos para voltar a iniciar um mecanismo internacional que averigue e determine responsabilidades pelo uso de armas químicas na Síria. A Bolívia foi o único país que votou "não" junto à Rússia, enquanto a China se absteve e os outros 12 Estados-Membros apoiaram a resolução norte-americana.
França, Reino Unido, Arábia Saudita e Israel avaliam a possibilidade de participar de um ataque militar contra a Síria ao lado de Trump. A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, disse que diante de indícios de envolvimento das autoridades, o episódio não pode ficar sem resposta. A porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, negou que Trump reagirá aos ataques de forma bélica e intensiva na Síria, publica a Agência Brasil.
Pela manhã, Trump afirmou pelo Twitter, em resposta à afirmação da Rússia de que iria derrubar quaisquer mísseis cujos alvos fossem a Síria, que os russos deveriam se preparar, pois os “mísseis virão, bons, novos e inteligentes”. “Vocês não deveriam ser parceiros de um animal que mata seu próprio povo com gás e se diverte com isso”, afirmou. Trump também havia dito pelo Twitter que este é o pior momento da relação bilateral entre os dois países de toda a história, mesmo levando em conta a Guerra Fria.