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Após anúncio de sanções do Reino Unido, Lavrov afirma que expulsará diplomatas britânicos

16 março 2018 - 12h12Por G1

O ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, afirmou nesta sexta-feira (16) que a Rússia irá expulsar diplomatas britânicos de seu território. A medida é uma retaliação contra a decisão do Reino Unido de impor sanções contra o país - entre ela a expulsão de 23 dos 59 diplomatas russos.

O Reino Unido acredita que a Rússia seja responsável pelo ataque contra o ex-espião russo Sergei Skripal, que é ex-coronel do serviço de inteligência e tinha refúgio no Reino Unido. O Kremlin nega qualquer envolvimento com a ação.

O Kremlin considerou a posição britânica "absolutamente irresponsável" e prometeu reagir, mas ainda não estão claras quais serão as medidas a serem tomadas pelo governo russo. O porta-voz do governo russo, Dmitri Peskov, afirmou que pode anunciar a qualquer momento medidas de retaliação. "Você podem esperar a qualquer minuto", disse Peskov, segundo a Reuters.

Na quinta, ele já tinha dito que o presidente Vladimir Putin, atualmente em campanha eleitoral para a disputa presidencial de domingo, terá a última palavra sobre a intensidade da resposta russa.

Sanções britânicas

Além da expulsão dos diplomatas, identificados como "oficiais de inteligência não declarados", a premiê britânica, Theresa May, suspendeu os contatos bilaterais de alto nível com a Rússia, anunciou que a família real britânica e ministros não irão comparecer à Copa do Mundo da Rússia e revogou o convite feito a Lavrov para visitar o Reino Unido.

Londres, Berlim, Paris e Washington, em comunicado conjunto, afirmam que a única explicação "plausível" para o envenenamento de Skripal e sua filha com um agente neurotóxico militar indica a responsabilidade de Moscou.

A Rússia nega categoricamente a existência do programa de armas químicas "Novichok", o agente químico que as autoridades britânicas identificaram neste caso de envenenamento, segundo a France Presse.

Envenenamento

Sergei Skripal, de 66 anos, e sua filha Yulia, de 33 anos, foram contaminados por um agente nervoso na cidade britânica de Salisbury, em 4 de março. Eles foram encontrados inconscientes em um banco da catedral da cidade e foram levados ao hospital, onde estão internados em estado crítico. O caso está sendo tratado como tentativa de homicídio.