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Condenado teria tomado veneno durante audiência em Haia

29 novembro 2017 - 15h00

Uma audiência de apelação foi suspensa em Haia, na Holanda, nesta quarta-feira (29) após um condenado por crimes de guerra ter supostamente tomado veneno ao ouvir a confirmação da sua condenação, segundo a BBC.

Slobodan Praljak, 72, foi condenado a 20 anos de prisão em 2013 por crimes de guerra. Ao ouvir a confirmação da punição, ele gritou: "Eu não sou um criminoso de guerra!". Em seguida, levou um copo até a boca e tomou um líquido descrito como veneno pelo seu advogado. A audiência foi imediatamente suspensa.

O juiz determinou que o copo utilizado pelo réu fosse guardado para análise. Uma fonte da BBC relatou ter ouvido que uma ambulância foi chamada. Mais tarde, um guarda do tribunal afirmou a repórteres que Praljak está vivo e "recebendo atenção médica".

Praljak é um dos seis líderes bósnio-croatas, entre políticos e militares, a responderem perante o Tribunal Penal Internacional para a Antiga Iugoslávia, em Haia, segundo a emissora inglesa.

Juntamente com os bósnio-sérvios, os bósnio-croatas lutaram contra a população muçulmana do país em uma guessa civil no início dos anos 90, após a dissolução da Iugoslávia.

Como ex-comandante militar, Praljak foi condenado por não atuar para conter o cerco e a matança de civis e, especificamente por ordenar a destruição da ponte de Mostar - uma construção histórica -, em 1993, causando "danos desproporcionais para a população civil muçulmana", segundo os juízes.

O tribunal estabelecido pela ONU condenou também o general sérvio Ratko Mladic, no último dia 22, por genocídio. A corte, criada em 1993, quando os combates ainda estavam emm andamento, deve encerrar seus trabalhos em dezembro. Ela foi responsável por indiciar 161 suspeitos, dos quais 90 foram condenados.