Menu
Buscarterça, 16 de abril de 2024
(67) 99913-8196
Dourados
22°C
Mundo

Estados Unidos anunciam retaliação contra a Unesco

12 outubro 2017 - 15h22

O Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira´(12) que vão se retirar da Unesco (a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) a partir de 31 de dezembro deste ano. De acordo com a gestão do presidente Donald Trump, a agência adota um viés anti-Israel e tem dívidas elevadas, necessitando de uma reforma interna. Washington afirmou que pretende estabelecer uma missão de observação no órgão da ONU em substituição à sua representação nela, informou a porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert.

Os EUA cortaram o financiamento à Unesco após o órgão decidir incluir a Autoridade Palestina como membro em 2011, mas mantiveram o escritório na sede da agência em Paris na tentativa de acompanhar e avaliar as políticas definidas. A decisão americana também se mostra como um desejo de economizar, já que o projeto orçamentário da gestão Trump para o próximo ano fiscal não prevê a possibilidade de suspensão das restrições financeiras impostas à Unesco.

"Essa decisão não foi tomada levemente, e reflete as preocupações dos Estados Unidos com o aumento das dívidas na Unesco, a necessidade de reformas fundamentais na organização e o continuo avanço anti-Israel na Unesco", disse o Departamento, acrescentando que os Estados Unidos buscam "permanecer engajados (...) como um Estado não-membro observador para contribuir com as visões, perspectivas e expertise americanas".

Autoridades dos EUA, incluindo a embaixadora americana na ONU, Nikki Haley, já emitiram repetidas condenações a Unesco. No início de julho, em pressão conjunta com Israel, o governo americano alertou que revisaria suas relações com a Unesco, qualificando de "afronta à História" a decisão de declarar a cidade de Hebron, na Cisjordânia ocupada, como patrimônio mundial da Palestina. Na época, Haley disse que a iniciativa "desacredita ainda mais uma agência da ONU altamente discutível". Com informações de OGlobo