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Eleições presidenciais no Quênia são invalidadas pela Suprema Corte e novo pleito é convocado

01 setembro 2017 - 14h05Por G1

A Supremo Tribunal do Quênia declarou nesta sexta-feira (1º) que a vitória do presidente Uhuru Kenyatta foi inválida devido a irregularidades cometidas pelo conselho eleitoral e ordenou a realização de um novo pleito em 60 dias, segundo a Reuters.

"A declaração [da vitória de Kenyatta] é inválida, nula e sem efeito", disse o juiz David Maranga, anunciando o veredito apoiado por quatro dos seis juízes.

Na votação, ocorrida em 8 de agosto, Kenyatta teve 54,3 % dos votos , à frente do rival Raila Odinga, que teve 44,7 %, de acordo com números divulgados pelo chefe da comissão eleitoral, Wafula Chebukati. Quase 80 % dos 19 milhões de eleitores registrados votaram.

A coalizão opositora Super Aliança Nacional (NASA, na sigla em inglês) denunciou fraude nas eleições e após o anúncio da reeleição do presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, vários confrontos entre manifestantes e forças de segurança deixaram mortos.

Há dez anos, mais de 1.100 pessoas morreram, e 600 mil deixaram suas casas em dois meses de violência pós-eleitoral, após a reeleição de Mwai Kibaki, também denunciada por Odinga.

Os distúrbios atuais não significam que o país esteja caminhando para um conflito similar. Embora apontem velhas divisões tribais, por enquanto, encontram-se circunscritos aos bastiões eleitorais da oposição.

Confronto entre dinastias

O cancelamento da votação, decisão inédita na história do Quênia, dá início a uma nova fase da dura disputa entre as duas principais dinastias políticas do país da África Oriental. De um lado está Kenyatta, um rico empresário de 55 anos e filho do presidente fundador do Quênia. De outro está Raila Odinga, um ex-prisioneiro político de 72 anos e filho do primeiro vice-presidente do Quênia.