O alemão Oliver Schmidt, que foi diretor de "compliance" regulatório da Volkswagen, assumiu a culpa por crimes relacionados ao escândalo dos motores a diesel da montadora diante da Justiça dos Estados Unidos. O executivo, que está preso desde janeiro último, poderá ser condenado a 7 anos de prisão e multa entre US$ 40 mil e US$ 400 mil.
Schmidt é acusado de conspiração para enganar a fiscalização e de violar as leis ambientais em vigor no país. Se ele não tivesse feito acordo para assumir os crimes, as penas pelos crimes dos quais é acusado poderiam somar 169 anos, ou seja, prisão perpétua.
A Volkswagen assumiu, em setembro de 2015, que usou um programa de computador em 11 milhões de carros a diesel em todo o mundo. A função do software era burlar o resultado de testes, a fim de obter um nível de emissão de poluentes abaixo do real.
O escândalo do dieselgate foi descoberto nos EUA e, desde então, a montadora enfrenta diversos processos judiciais naquele país. Schmidt é o único executivo preso. Ele foi detido pelo FBI num aeroporto na Flórida, quando tentava embarcar de volta para a Alemanha.
Além dele, outros 7 executivos da Volkswagen foram indiciados pelo "dieselgate".
