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Mundo

Iêmen vive a pior epidemia de cólera do mundo com 5000 novos doentes por dia

25 junho 2017 - 11h21

A epidemia de cólera que assola o Iêmen já é a pior do mundo, com 5 mil novos doentes por dia e um total que supera os 200 mil casos em dois meses, informou a OMS (Organização Mundial da Saúde), neste sábado (24), em Genebra, na Suiça.

Nesse período, a epidemia tem se expandido por quase todas as 23 províncias que formam o país, causando 1.300 mortes. "Acreditamos que o número de mortes aumentará", apontou a OMS em comunicado divulgado pela agência de notícias EFE.

A OMS está acelerando, juntamente com o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e outras organizações, as ações para deter a doença, registrando todos os focos infecciosos e tentando determinar de que maneira ela se propaga. O grupo também está fornecendo água potável, serviços de saneamento e tratamentos médicos aos afetados.

A emergência é tanta que a OMS decidiu que as equipes iriam de casa em casa para informar diretamente os moradores sobre as medidas de proteção que devem ser tomadas quanto à purificação da água e o seu correto armazenamento.

Conflito armado agrava situação

As organizações também pediram que autoridades do Iêmen se esforcem para conter a expansão da epidemia, ainda que os meios públicos sejam escassos por causa do conflito armado que o país vive há mais de dois anos e que fez com que 14,5 milhões de pessoas ficassem sem acesso a serviços básicos.
Os enfrentamentos entre a milícia dos houthis e as forças governamentais, que contam com o apoio de uma coalisão árabe - liderada pela Arábia Saudita e apoiada pelos Estados Unidos -, fizeram o Iêmen mergulhar em uma situação caótica. O país, que já era o mais pobre da região antes do conflito, agora enfrenta uma situação próxima à de fome total em determinadas áreas.
Os combates atingiram ou destruíram vários hospitais e 30 mil médicos e funcionários públicos estão sem pagamentos. "Pedimos a todas as autoridades dentro do país que paguem os salários e, acima de tudo, que ponham fim a este conflito", enfatizou a OMS, conforme repercutiu a Agência Brasil.