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Vladimir Putin e Emmanuel Macron tem o primeiro encontro

29 maio 2017 - 17h50Por France Presse

O presidente francês Emmanuel Macron recebeu nesta segunda-feira (29) o russo Vladimir Putin no castelo de Versailles para um primeiro encontro entre os dois mandatários. Na pauta, uma série de questões, incluindo os conflitos na Síria e na Ucrânia.

Após um aperto de mão caloroso no tapete vermelho no hall do castelo, os dois chefes de Estado se reuniram em um salão, antes de um almoço.

Os presidentes também deverão conceder uma coletiva de imprensa conjunta e inaugurar o evento que serve de pretexto para este encontro: uma exposição, intitulada "Pierre le Grand, un tsar en France" (Pedro o Grande, um czar na frança).

A exposição revive a memória da visita, marcada pelo estabelecimento das relações diplomáticas entre a França e a Rússia, em maio e junho de 1717 em Versalhes de Pedro I, um monarca caro a Putin.

O presidente russo também visitará, ao final da tarde, o novo Centro Espiritual e Cultural Ortodoxo Russo, com a sua catedral com abóbodas douradas, no coração de Paris.

Putin deveria tê-lo inaugurado em outubro de 2016, mas a escalada verbal entre Paris e Moscou, provocada pela campanha militar do regime sírio e seu aliado russo contra a parte rebelde de Aleppo (norte da Síria), resultou no cancelamento da viagem.

Para Emmanuel Macron, é necessário falar com a Rússia sobre a crise síria, a fim de "mudar o quadro para uma saída da crise militar e construir de forma mais coletiva uma solução política inclusiva".

O presidente francês considera que o Ocidente "fracassou" sobre esta questão, ao ser excluído do processo de cessar-fogo patrocinado pela Rússia, Irã e Turquia.

Da mesma forma, os dois devem discutir a questão ucraniana. "A Rússia invadiu a Ucrânia", afirmou Macron durante o G7 no último fim de semana, que evocou a possibilidade de novas sanções contra a Rússia, enquanto Moscou nega qualquer envolvimento no conflito.

Aparar arestas

Os dois chefes de Estado tentarão ainda aparar as arestas após a campanha presidencial francesa, marcada pela visita ao Kremlin da candidata da extrema-direita Marine Le Pen (Frente Nacional, FN) e os ataques cibernéticos visando o movimento político de Emmanuel Macron, "Em Marcha!", atribuídos aos hackers russos.

A presidente da FN desejou que reunião desta segunda permita "normalizar as relações com a Rússia" para atender o enorme desafio das relações internacionais e "lutar contra o fundamentalismo islâmico".

"Pode-se imaginar que a conversa será muito franca e direta", pontuou a ministra dos Assuntos Europeus, Marielle de Sarnez.

"Donald Trump, o presidente turco (Recep Tayyip Erdogan) e o presidente russo são adeptos de uma lógica de equilíbrio de força, o que não me incomoda", observou o presidente Macron, que prometeu um "diálogo exigente e sem concessões".

Após a eleição de Macron, Putin lançou um apelo para "superar a desconfiança mútua" em uma mensagem de felicitações.

Direitos Humanos

Rompendo com a discrição observada por François Hollande sobre a questão dos direitos Humanos, o Palácio do Eliseu disse que a célula diplomática na presidência havia recebido várias ONGs para discutir a liberdade de associação na Rússia e a situação dos homossexuais na Chechênia.

A este respeito, a Anistia Internacional pediu a Macron que pressione o líder do Kremlin, denunciando a perseguição "com impunidade" de homossexuais na região do Cáucaso "com a bênção da autoridade russa."