A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados debateu segunda-feira (11) os cuidados com a segurança que o Brasil deverá tomar durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Segundo o analista do Instituto de Relações Internacionais e Defesa, Marcelo Rech, o País precisa avançar em políticas antiterrorismo.
Os grandes eventos esportivos sediados pelo Brasil nos últimos anos apontaram para uma fraqueza do Brasil em relação à segurança. As alternativas que o País possui atualmente estão aquém do que é preciso para dar tranquilidade a todas as pessoas que estarão presentes na Olimpíada e Paralimpíada deste ano.
"Um ataque terrorista nunca é improvisado. É pensado, são avaliados os riscos, o grau de visibilidade que vai se ter. Então, o Estado tem que estar um passo à frente e eu diria que, hoje, o Estado está dez passos atrás", afirmou Marcelo Rech.
Segundo o Terra, também participaram do encontro oficiais superiores, especialistas das áreas militares e 138 oficiais-alunos do curso de Altos Estudos Militares, da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme). Junto a eles o deputado Heráclito Fortes (PSB-PI) também marcou presença na Câmara e defendeu o aumento de recursos para que a área militar possa desenvolver um projeto mais competente no que diz respeito à segurança, podendo combater e evitar não só ameaças terroristas, como outros riscos também.
"Isso é um investimento que o Brasil faz e que terá retorno, com toda a certeza. O militar brasileiro é muito querido, muito respeitado pelo mundo afora. O nosso papel no Haiti é um papel fantástico e são vários os países que requisitam os brasileiros para missões dessa natureza", afirmou Heráclito, lembrando também das missões de paz realizadas pelo Exército Brasileiro.