Em Roma, há dois anos, Cielo venceu os 100m livre com direito ao recorde mundial que dura até hoje, 46s91. Em Pequim-2008, já tinha conquistado o bronze da prova, seu primeiro pódio olímpico. Desta vez, o cenário foi diferente. Quarto melhor das eliminatórias e quinto da semifinal, Cielo admitiu que o julgamento por doping prejudicou a reta final da preparação. O tal “piano” não o impediu de ganhar o ouro nos 50m borboleta e não tira dele o favoritismo nos 50m livre, que terá sua final disputada no sábado. Nos 100m, contudo, não basta cruzar a piscina, é preciso voltar. E foi aí que o brasileiro perdeu fôlego.
- Foi quase, né? Por um centésimo. Estou bem satisfeito com a prova, com a atitude que eu tive, coragem e confiança de passar forte. Foi mais ou menos dentro do que eu esperava, acho que eu nadei bem. Mas o pessoal está nadando melhor os 100m. É uma prova em que venho tendo dificuldades desde o Pan-Pacífico. Ainda mais agora que esse finalzinho vem pegando. Vamos ver o que a gente vai fazer para os 100m a partir dessa competição, mas agora é focar nos 50m – avisou Cielo, já pensando na sua prova favorita.
Assim que bateu em quarto, Cielo foi cumprimentar Magnussen, como se já soubesse que o resultado da prova seria aquele. O australiano, que já tinha surpreendido no revezamento 4x100m livre e sobrou nas semifinais, confirmou o favoritismo nesta quinta-feira. O australiano de apenas 20 anos bateu em primeiro com o tempo de 47s63. Hayden fez 47s95, seguido pelos 48s00 de Meynard. A decepção ficou por conta do americano Nathan Adrian, que tinha brilhado na semifinal, mas só conseguiu chegar em sexto, com 48s23.