Menu
Buscarsexta, 19 de abril de 2024
(67) 99913-8196
Dourados
21°C
Futebol

Agressor de gandula volta a São Paulo e pode treinar em Osasco

21 fevereiro 2018 - 16h15Por Rafael Ribeiro/CE

Enquanto aguarda uma definição do Operário sobre sua situação contratual, o meia Jeferson Reis, flagrado pelas imagens de TV agredindo um gandula do Comercial no Comerário do último domingo (18), no Morenão, voltou para sua casa em São Paulo e será convidado a manter a forma física treinando no Grêmio Esportivo Osasco, equipe da cidade da região metropolitana paulistana, que atualmente disputa a terceira divisão do Estadual.

Reis iniciou a carreira em 2014, no Osasco Futebol Clube, terceira equipe em força na cidade e que este ano está licenciada da disputa da quarta divisão local.

Com bom aproveitamento em competições de base, não demorou para Reis aparecer no Audax, principal clube da cidade e que chegou à final do Campeonato Paulista em 2016, quando foi derrotado pelo Santos. Hoje, está na Série A-2, correspondente à segunda divisão local.

"É uma cria do futebol da nossa cidade e não podemos virar as costas em um momento tão difícil quanto esse", disse uma pessoa do Audax que prefere não se identificar, ligada a Vampeta, ex-volante de Corinthians e Flamengo, pentacampeão mundial e presidente do clube.

Audax e o GE Osasco possuem gestões compartilhadas. Por isso Reis integraria o elenco do segundo, espécie de "primo pobre" dos investimentos no futebol osasquense.

O convite depende, no entanto, da definição da situação do meia no Galo. Apesar de em entrevista ao site Globo Esporte.com Reis se dizer dispensado, o Operário reiterou até a publicação desta matéria que ele só está afastado por tempo indeterminado e que o caso é apurado através de processo interno, sem prazo para um anúncio da decisão.

Nos bastidores, a certeza é de que o time alvinegro vai esperar pela provável pena que Reis sofrerá no Tribunal de Justiça Desportiva de Mato Grosso do Sul. Mesmo punido aqui, ele pode atuar sem restrições em outros estados, a não ser que a penalidade seja imposta também pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

Provocação

Ao portal, Reis disse que após Jô marcar o gol do Colorado já nos acréscimos da etapa final, o gandula Tadeu Júnior, 19, tirou a camiseta e fez provocações ao banco alvinegro.

"Nossos jogadores levantaram e foram falar com ele. Nosso massagista também falou com ele. Foi na hora que o gandula deu um soco na nuca dele", disse, referindo-se a Raul dos Prazeres, que saiu do Morenão preso e está citado tanto na súmula do jogo quanto no processo criminal.

"Perdi a cabeça porque ele agrediu um pai de família de 54 anos. Se ele fizesse o trabalho dele certinho, nada disso teria acontecido. Nosso massagista foi falar com ele, e ele o agrediu pelas costas. A briga estava rolando faz tempo. Só filmaram quando estava batendo", completou o meia, ao site.

Além dos pedidos de desculpas ao gandula, goleiro da base comercialina, Reis disse também que lamenta estar sendo taxado de "marginal" na internet e até de ameaças que está sofrendo, por isso decidiu voltar a São Paulo.

"Na hora que entrei no vestiário, que tive que ir para delegacia depois, perguntei para mim mesmo: ''O que eu fiz com a minha vida'? Acabei com minha carreira". Ali meu mundo acabou. Foi quando liguei para meu pai, que só chorava. Ele sofreu muito para criar eu e meu irmão sem mãe. E acontece um negócio desse, repercussão no mundo todo. Minha família ligando, preocupada, teve ameaça, pessoas falando que iam me matar", apontou o jogador ao site.

Deixe seu Comentário

Leia Também