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Futebol

Estreante em competições nacionais Novo Operário enfrenta hoje o Salgueiro de PE pela Copa do Brasil

31 janeiro 2018 - 15h45

Quando a bola rolar às 20h30 desta quarta-feira (31), no Estádio Morenão novamente com portões fechados, o Novo marcará sua estreia em competições de nível nacional. A equipe alviverde, que nasceu de uma dissidência de torcedores do tradicional Operário, fará sua estreia na primeira fase da Copa do Brasil, diante do Salgueiro, de Pernambuco.

Competição brasileira de clubes de maior abrangência, com 91 participantes, de todos os estados, no mata-mata nacional quebrará recordes de premiação em sua edição deste ano: o campeão poderá abocanhar até R$ 50 milhões. O valor, por exemplo, é quase o dobro do que a própria CBF e a Conmebol pagarão, respectivamente, aos campeões brasileiro e da Copa Libertadores desta temporada.

Para o presidente Américo Ferreira, soa claro que a milionária quantia é um sonho distante ao seu clube. Afinal, o Novo, quando pisar em campo, será o sexto time mais jovem a disputar a Copa do Brasil. Mas o sonho de alçar as premiações mais modestas já é um atrativo interessante.

Integrante do grupo três de equipes, o time campo-grandense receberá R$ 500 mil se passar pelos pernambucanos. E uma eliminação na sequencia renderia mais chamativos R$ 600 mil, suficientes para quitar toda a folha salarial até o final do ano, afinal o Novo terá no segundo semestre a Série D do Campeonato Brasileiro.

"A expectativa na nossa cabeça, enquanto dirigente que saiu de arquibancada, é muito grande. Estamos vivendo um sonho", disse Ferreira, ao Portal Correio do Estado.

Problemas

A preparação do Novo para a competição até que foi positiva. O clube manteve 30% de sua base do ano passado e trouxe o técnico Robert, ex-meia do Santos, que ganhou relativo sucesso no futebol local após boa passagem pelo União ABC. Mas o clube não esperava ver o planejamento ruir por problemas alheios.

Em janeiro, o Novo teve problemas para marcar jogos amistosos. Depois, viu seus jogos no Estadual serem adiados por conta da não liberação do Morenão no Ministério Público Estadual por falta de laudos.

A preocupação era mínima, afinal o clube tinha acordo com a prefeitura para atuar no Estádio Jacques da Luz, nas Moreninhas, onde comprou os materiais paera o poder público fazer as reformas.

Ferreira via a única chance de classificação do seu clube em um estádio de menor capacidade, onde a presença mais próxima da torcida poderia de fato fazer a diferença. Todas as adequações exigidas pela CBF foram seguidas, como medida do campo de jogo, ampliação do banco de reservas e outros.

A coisa ia além. A Copa do Brasil simbolizaria a mudança definitiva do Novo para a região do extremo sul da Capital, onde poderia angariar simpatizantes entre os quase 12 bairros que cercam a Moreninhas.

Apelo popular

"O Novo é novo, o nome já diz, não tem tanto apelo popular, é com o tempo que ele será construído, mas tenho certeza que quem vem acompanhando esse projeto sabe que nossa chance é nas Moreninhas. É um estádio pequeno e que tem seu charme. o estádio é o único compatível com nosso futebol atual. O Morenão está longe das pretenções. É a pártir de um estádio menor que vamos crescer. E o Novo pensa nisso", disse.

Mas o sonho acabou na última semana. Diante do imbróglio com o MPE, o Moreninhas também viu sua liberação atrasar. E, com isso, a CBF confirmou que o jogo aconteceria como todos os outros disputados em Campo Grande até agora: sem torcida.

Ducha de água fria em quem sonhava passar pelo emergente nordestino, duas vezes finalista do Campeonato Pernambucano em três anos.

Adversário

Apesar de iniciar 2018 em má fase, com dois empate e só uma vitória em seu Estadual e uma goleada sofrida para o Ceará pelo Nordestão, o Salgueiro chega com seis partidas oficiais na temporada (sendo duas delas amistosos), enquanto o Novo atuou apenas duas. Contra o Comercial, na última quarta-feira (24), em sua estreia no Sul-Mato-Grossense, demonstrou problemas físicos ao levar o empate após terminar o primeiro tempo vencendo o rival por 2 a 0.

"O favoritismo é deles", admite o dirigente alviverde. "Precisamos trabalhar muito, estar muito concentrados, totalmente com foco", completou Ferreira, que não comemorou o fato do Novo escapar de um gigante do futebol brasileiro de cara.

"O Salgueiro é a quarta força do futebol pernambucano, de muita história e que hoje tem vários times nas séries A e B do Brasileirão. O próprio já jogou a Série B. A dificuldade é a mesma. Em comparação com os grandes, só o número de torcedores deles que teria no estádio."

O Salgueiro chegou na tarde desta terça-feira (30) em Campo Grande, seguiu para um hotel na região oeste e não deve treinar até a partida, até como forma de se poupar, já que jogadores e comissão técnica se queixaram da longa viagem.

Pelo regulamento, o Novo precisa ganhar para se classificar. O empate é do rubro-verde. Independente do que acontecer, Ferreira já destaca que a prioridade é a final do Estadual, feito que atingiu em 2017 pela primeira vez.

"O papel do Novo é estar nas finais, do Estadual principalmente, pensar em estar constantemente, não pode pensar em estar nessa condição (de disputar a Copa do Brasil) de dez em dez anos. Hoje eu diria que vamos apenas participação, desse torneio, da Série D. Temos de nos estruturar melhor para pensar em coisas maiores", admitiu, deixando de lado a briga pelo prêmio recorde deste ano.

Os clubes mais jovens a jogar a Copa do Brasil:

Altos (Piauí) - fundado em 2013 - jogou em 2017 e jogará em 2018
Paragominas (PA) - fundado em 2012 - jogou em 2014
Real Ariquemes (RO) - fundado em 2011 - jogará em 2018
Galvez (AC) - fundado em 2011 - jogou em 2016
Rondoniense (RO) - fundado em 1 de março de 2010 - jogou em 2017
Novo (MS) - fundado em 11 de outubro de 2010 - Jogará em 2018
Maringá (PR) - fundado em 27 de novembro de 2010 - jogou em 2015

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