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Brasil sofre primeira derrota para as donas da casa na fase final do Gran Prix

02 agosto 2017 - 15h20Por GloboEsporte

O desafio era dos mais tensos. Jogo em Nanjing contra as donas da casa, atuais campeãs olímpicas e algozes do Brasil nas quartas de final da Rio 2016. Uma China que manteve a base, contra um Brasil ainda em reformulação depois da derrota olímpica. Os ingredientes eram todos favoráveis às donas da casa, que souberam se impor e venceram por 3 sets a 0 (25/22, 25/17 e 29/27) no primeiro duelo do time de Zé Roberto na fase final do Grand Prix.

O resultado obriga o Brasil a vencer o duelo com a Holanda. O time forma ao lado da China e da Holanda o Grupo J da fase final do Grand Prix. As equipes se enfrentam dentro dos seus respectivos grupos e as duas melhores de cada chave passarão à fase semifinal. Se vencer, o Brasil espera o resultado de China x Holanda na sexta-feira, às 8h30.

As donas da casa eram fortes, mas uma estatística específica ajuda a explicar a derrota brasileira: foram 21 pontos chineses em erros das brasileiras, contra apenas 8 falhas do outro lado no total.

- Contra times assim, a gente não pode perder a lucidez jamais. Conseguimos igualar o jogo no primeiro set, no segundo tivemos a chance de fechar... Mas é isso, a gente tem que aprender com esses erros. Temos que conversar sobre isso e pensar nas chances que perdemos. Agora temos que ganhar o jogo de amanhã - lamentou o técnico Zé Roberto.

No outro grupo estão Estados Unidos, Sérvia e Itália. A Sérvia saiu na frente, vencendo nesta quarta os EUA por 3 sets a 2 (25/22, 25/17, 23/25, 18/25, 15/11).
Erros desde o início
O duelo brasileiro com a China começou equilibrado na pontuação, mas, só no primeiro set, foram nove pontos cedidos em falhas brasileiras, contra apenas um ponto em erro chinês. Com Ting Zhu inspirada, a China fechou em 25/22.

No segundo set, a China abriu 4 a 0 e Zé Roberto perdeu a paciência de vez. Parou o jogo e deu uma bronca generalizada. Reclamou que o time estava errando na marcação dos ataques de Ting Zhu, uma das remanescentes de 2016. Pouco adiantou gritar. O primeiro ponto brasileiro só veio no 6/1, e a reação chegou bem tarde, quando a China já tinha feito 12/6. A partir dali, Natália cresceu, Adenízia melhorou. Num ace de Rosamaria, a diferença ficou em um ponto pela primeira vez no set. Um bloqueio de Adenízia saiu por milímetros - as jogadoras brasileiras chegaram a comemorar o que seria o empate. A euforia então deu lugar ao desânimo, e a China recuperou o controle do jogo, fechando em 25/17.

No terceiro set, o Brasil conseguiu ficar à frente do placar pela primeira vez no jogo. Mas durou pouco. A China virou fazendo 7/6. Na reta final, o Brasil voltou a encostar e empatou em 21 a 21. A China finalmente se sentia ameaçada, e o Brasil chegou a conseguir dois set points. Mas faltou poder de decisão. Talvez a lucidez citada na entrevista do treinador. A donas da casa empataram, Zé pediu tempo para esfriar a reação.

Deu certo e os dois primeiros match points foram evitados. Tandara conseguiu um ace que só se confirmou em desafio de vídeo, mas jogou o saque seguinte na rede. O nervosismo estava no ar. Tandara parou no bloqueio em seguida, e a China fechou em 29 a 27 com ataque certeiro de Changning Zhang.

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