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Após passar em branco em 2015, Cielo conquista a prata no revesamento 4x100 em Budapeste

24 julho 2017 - 15h18Por Guilherme Costa/GE

Maior nadador da história do Brasil, único campeão olímpico do país e, até hoje, é o recordista mundial dos 50m e 100m livre. O currículo de Cesar Cielo é gigantesco, mas a fase dele não era boa. Desde 2014, quando saiu do Campeonato Mundial em piscina curta (que não tem a mesma importância do de piscina longa) com três ouros e dois bronzes, ele não ia ao pódio em uma grande competição. Passou em branco em 2015, no Mundial de Kazan, e sequer conseguiu a classificação para os Jogos do Rio, cogitando, inclusive, se aposentar. A medalha de prata no revezamento 4x100m do Campeonato Mundial de Budapeste, conquistada no domingo ao lado de Bruno Fratus, Marcelo Chierighini e Gabriel Santos, foi muito comemorada por Cielo:

- Eu achei que em Doha 2014, na piscina curta, seria a útlima vez que eu subiria no pódio no Mundial. Achei que não nunca mais iria ao pódio em um Mundial. Era a medalha que me faltava na carreira, um pódio em Mundial de longa com o revezamento- disse o atleta tricampeão dos 50m livre (2009/11/13), bi dos 50m borboleta (2011/13) e campeão dos 100m livre (2009).

Campeão olímpico em 2008 e bronze em 2012, Cielo chegou a pensar em encerrar a carreira no fim do ano passado, voltou a treinar em fevereiro após nove meses parado, fez bons tempos em competições nacionais em março, conseguiu a vaga no Mundial durante o Troféu Maria Lenk e entrou no top 10 do ranking mundial dos 50m livre. No torneio nacional, ele chegou a cogitar nem nadar os 100m livre, o que faria com que perdesse a vaga no revezamento:

- Então, para ser sincero, quando a gente nadou o Maria Lenk, nao queria ter entrado nos 100m. Não nado bem essa prova desde 2014, não é desde o ano passado, é desde 2014, faz muito tempo. Não treinava desde 2014. Rolava uma ansiedade por eu não me sentir confortável, não estava no automático a prova. Eu tinha que tirar alguma coisa que fosse manter a gente na briga pelo pódio, e acho que consegui - disse Cielo, que foi o terceiro brasileiro a cair na água na final do Mundial, pegou em segundo e entregou na mesma posição.

No Maria Lenk, seletiva para o Mundial, Cielo fez o quarto tempo do país, 48s92, atrás de Gabriel Santos (48s11), Marcelo Chierighini (48s45) e Bruno Fratus (48s50). Apesar de toda sua experiência e ser o único campeão olímpico da história do país, levou o ouro em Pequim 2008, Cielo era o menos rápido do quarteto desde o início da formação. Fora da água, o nadador também tem sua importância, principalmente com o jovem Gabriel Santos, que treina diariamente com ele no Esporte Clube Pinheiros:

- A vinda dele para o clube acrescentou muito para mim. Ele conversa, dá bastante toque, parte técnica, saída. E ter um campeão olímpico e recordista mundial eleva o nível né? Quero ganhar dele nos treinos e ele não quer perder para mim também. Ele ter voltado foi bom para mim - disse Gabriel, de 21 anos.

Os quatro medalhsita voltam a nadar o Mundial com grandes chances de pódio nas provas individuais. Na quarta-feira, Gabriel e Marcelo nadam as eliminatórias dos 100m livre. Na quinta-feira, é a vez de Cielo e Bruno entrarem para os 50m livre.