Acabou o mistério: Robert Kubica participará dos testes coletivos em Hungaroring na quarta-feira após o GP da Hungria. O polonês, que recentemente fez dois testes com a Lotus de 2012, terá a oportunidade de guiar o carro da Renault de 2017, para enfim confirmar se pode ou não voltar a competir em alto nível na Fórmula 1. O comunicado veio através de Cyril Abiteboul, diretor do time francês, que pretende tirar o máximo de dados possíveis quanto à performance do piloto na pista húngara, para então tomar uma decisão.
- Os dois primeiros dias de testes permitiram que Robert e nós mesmos reuníssemos uma grande quantidade de informações. A próxima sessão com o RS17 em Hungaroring nos permitirá obter dados detalhados e precisos em um carro atual e condições representativas. Após este teste, analisaremos cuidadosamente as informações coletadas para determinar em que condições seria possível que Robert voltasse à competição nos próximos anos.
A confirmação do teste de Kubica em Hungaroring atesta a intenção da Renault em ter o piloto de volta em um de seus cockpits. Mesmo estando seis anos oficialmente fora da Fórmula 1, desde que sofreu acidente grave no rali, Robert é considerando um piloto "não-estreante". Sendo assim, segundo as regras da FIA, a escuderia francesa terá que escolher entre Nico Hulkenberg ou Jolyon Palmer para ceder um dos lugares no teste para o polonês.
No começo do mês de junho, o vencedor do GP do Canadá de 2008 voltou a guiar um Fórmula 1 na pista de Valência. O carro usado no teste foi uma Lotus 2012, bólido que venceu o GP de Abu Dhabi daquele ano nas mãos do finlandês Kimi Raikkonen. Ao todo, Kubica deu 115 voltas, com direito a longos stints, simulação de classificação e treino de largada. Em julho, Robert voltou a testar, desta vez no Circuito de Paul Ricard, na França, onde completou 90 voltas.
Campeão da F-Renault 3.5 em 2005, o polonês estreou na Fórmula 1 no ano seguinte pele equipe BMW-Sauber. Sua breve passagem na categoria máxima do automobilismo ficou marcada por um acidente impressionante no GP do Canadá de 2007, e pela vitória na temporada seguinte, nesta mesma pista. Contratado pela Renault em 2010, Kubica chegou a ser especulado na Ferrari, mas o acidente em uma prova de rali no começo de 2011 paralisou sua participação na maior categoria de automobilismo. O polonês teve uma grave lesão no antebraço direito, e foi obrigado abandonar a carreira nos monopostos.
