Todos os anos acontece a mesma coisa no Brasileirão. O time começa a perder e quem paga a conta é o técnico.
Somente este ano, 27 treinadores já perderam o emprego por conta da má fase do clube. No último caso, Silas, no meio de uma crise interna do Flamengo e com o clube passeando por perto da zona de rebaixamento, foi demitido e em seu lugar chega Vanderlei Luxemburgo, que por sua vez foi "dispensado" do Atlético Mineiro após o time sofrer uma goleada no jogo contra o Fluminense.
No São Paulo, Baresi resistiu até clube contratar Carpegiani. Segundo o G1, se forem contabilizados os técnicos interinos, como o caso de Baresi, o número de "demitidos" aumenta para 38 este ano.
Com Baresi substituído, ainda restam quatro treinadores tentando sentir os passos de Andrade em 2009, que foi de interino à conquista do Brasileirão. Dimas Filgueiras já dirigiu o Ceará sete vezes. Edson Neguinho, do Avaí, e Marcelo Martelotte, do Santos, completaram quatro partidas no comando nesta última rodada. Já Fábio Giuntini fez a sua segunda pelo Prudente no sábado passado.
No Vitória, Ricardo Silva vive uma situação curiosa. Após o vice na Copa do Brasil e a queda de rendimento no Brasileiro, ele foi demitido. Toninho Cecílio ficou pouco tempo no cargo e a diretoria fechou com Toninho Cerezo. O ex-craque de Atlético-MG e Seleção Brasileira chamou Ricardo para auxiliá-lo, mas acabou desistindo de assumir o comando. Silva, que já havia acertado seu retorno, acabou voltando ao cargo que foi dele na maior parte da temporada.
Apenas três equipes da Série A têm o mesmo comandante desde o início da disputa: o líder Fluminense, sob a batuta de Muricy Ramalho, o Botafogo, que conquistou o título carioca com Joel Santana e não o deixou mais ir embora, apesar do assédio, e o Guarani, de Vagner Mancini. O Bugre passou a maior parte do campeonato em posições intermediárias, mas o fato de se manter fora da zona de rebaixamento já foi o suficiente para garantir o emprego do treinador até agora.
