Menu
Buscarsexta, 26 de abril de 2024
(67) 99913-8196
Dourados
25°C
cmd participa
Esportes

Técnico Micale dispensa ajuda dos universitários: "Quem está à frente sou eu"

09 agosto 2016 - 12h33

Quando assumiu a Seleção Olímpica, o técnico Rogério Micale deu uma demonstração de humildade ao dizer que não teria nenhum constrangimento de pedir ajuda ao técnico Tite, se fosse necessário, durante os Jogos do Rio-2016. O discurso mudou. Lembrado pelo Correio Braziliense da sua declaração e questionado pela reportagem se chegou a hora de se aconselhar com o comandante da esquadra principal para evitar um vexame na quarta-feira (10), diante da Dinamarca, na Arena Fonte Nova, em Salvador, Micale ficou incomodado com a pergunta.

“Quem está à frente sou eu, o responsável por colocar a equipe em campo, sou eu. O professor Tite respeita muito esses momentos, até porque é uma pessoa extraordinária. Quando eu acho necessário, não tenho receio em falar com ele. O Cléber (Xavier, auxiliar técnico) está aqui acompanhando. A responsabilidade é minha e não vejo por que qualquer tipo de interferência. Estamos trabalhando juntos e, se tiver oportunidade, porque está preocupado com outras situações, não temos problema em conversar sobre o futebol”.

Nos bastidores, há quem diga que ao menos duas escolhas foram recomendadas por Tite — o meia Renato Augusto e o goleiro Weverton. Além dos problemas táticos, técnicos e físicos da Seleção Olímpica, surgiu uma crise causada por Neymar após o empate com o Iraque. Rogério Micale não gostou de saber que seu capitão e camisa 10 não falou com os jornalistas na saída do campo nem na zona mista, área destinada ao contato dos atletas com a imprensa.

Micale chegou a pedir desculpas pelo ocorrido durante a entrevista coletiva. Vaiado e irritado com os gritos de “Marta” dos 70 mil torcedores, Neymar passou direto com fone no ouvido e foi o primeiro a entrar no ônibus. Sentado na janela, ficou arrastando os dedos no aparelho celular. Enquanto isso, Renato Augusto, o mais vaiado no empate com o Iraque, e até o jovem Gabriel Jesus davam a cara a tapa nas entrevistas.

Intocável, Neymar dificilmente perderá posição no jogo de amanhã contra a Dinamarca. Gabriel Barbosa e Gabriel Jesus não podem dizer o mesmo. Luan ou até mesmo mais um jogador no meio de campo ameaçam os dois. “Vou ter um tempo para avaliar isso, vamos verificar, conversar, mas não funcionou (mudar). Fiz as mudanças e continuou não funcionando, e as peças que tenho são as mesmas. Uma ou outra podemos falar, mas ocorreram as mudanças e todos que jogam na frente tiveram no mínimo 45 minutos para jogar, fora os que permaneceram. Não vamos transferir responsabilidades. Temos que melhorar nosso desempenho, achar o gol, fazer o gol”, cobrou Micale.

Deixe seu Comentário

Leia Também