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Cultura

Grupo Arandu lança "Alicerce Douradense" no dia 20

17 dezembro 2010 - 16h35Por Assessoria

Em comemoração aos 75 anos de Dourados, o Grupo Literário Arandu lança o livro Alicerce Douradense do escritor Carlos Magno Mieres Amarilha. Coquetel de lançamento será na sede da Academia Douradense de Letras, dia 20 de dezembro de 2010, às 20h, Parque dos Ipês, em Dourados.

Alicerce Douradense retrata historicamente e geograficamente as redondezas do município de Dourados, conforme José Pereira Lins apresenta no prefácio “O Alicerce Douradense possibilita o leitor ‘ver’ a estrutura geo-político-cultural-histórico espacial de Dourados. Ler esta obra significa ‘viajar’ na arquitetura atemporal da cidade. É uma obra de poesia-prosa-concreta, cada poema recria de alguma forma o ‘viver’ cotidiano dos moradores da cidade, a sua estória, a sua gente, já que os poemas aqui são tentativas de apresentar o ‘tipo’, o ‘jeito de ser’ do douradense”.

Segundo Prof. Lins, nesta obra o cotidiano da cidade não são apenas lugares do trabalho, almoço-janta e dormitório; mas do encontro, do desencontro, do reencontro, do contato com o outro, da roda de tereré, da festa, do clube, do baile, do bar, da feira, do bairro, do asfalto, do buraco, da praça central, da rodoviária, do comércio, da exposição agropecuária, da festa junina, do namoro de esquina.

O poeta canta a cidade de Dourados desde os tempos da água de poço, dos gritos e dos tiros para animar os bailes, da vila, do patrimônio, do distrito, da fazenda, até se tornar uma das principais cidades do Estado de Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul.

Magno Mieres chega de carroça, anda a pé, a cavalo, de bicicleta, de charrete, de taxi, de moto, de carro, de trem, de jardineira; atravessa o rio de barco, de balsa, a nado, em caminhadas curtas e longas, na busca de uma estética poética sobre a região da Grande Dourados.

Esta obra tem um pouco das mãos do colono, do índio, do paraguaio, do afro-brasileiro, do nordestino, do japonês, do árabe, do gaúcho, do mineiro, do paulista, do paranaense, do mato-grossense, do sul-mato-grossense e principalmente do douradense.

Alicerce Douradense canta uma Dourados antiga e atual; uma mistura entre “ficção” e “realidade”; de “objeto” e “abstrato”; poeticamente composto com muita areia, cal, cimento, terra batida, impermeabilizante, cascalho, pedra brita, ferro e aço; com uma base de concreto forte, duro e resistente; com muito sentimento, de entrega, de paixão e de amor. Enfeitado de massa corrida, tinta a óleo, agregado de poeira da terra, lama, barro e buracos.  Cheios de Jardins floridos e frutas saborosas. Mas o ponto forte do poeta é o “ser humano”. Por isso, a importância de sua obra. Nada de mentira. Nada de verdade. Apenas poesia.

convite_ALICERCE_net

O poema “Aspecto Local”:

Tomei Café com Leiti

Di manhã cedo

No almoço arroz, feijão, mandioca

Bifi e salada de alfaci, cebola e tomati

Di tardi  trabalho

Di noiti jantei arroz-carreteiro

Filme

Dipois dormi adoidado.

 

Segundo Lins, o poeta canta uma Dourados, conforme é o cotidiano, o dia-a-dia, veja o exemplo do poema Aspecto Local, o douradense não fala “Leite” e sim “Leiti”; o poeta expressa o jeito de falar dos moradores da cidade, já que “bife” fala-se “bifi” e sucessivamente  falam: “di manhã”, di tarde”, “di noite”.

Sobre o autor:

 

Carlos Magno Mieres Amarilha

Presidente do Grupo Literário Arandu

 

Magno Mieres, mora em Dourado-MS, coordena projetos de extensão com temáticas relacionadas às identidades culturais sul-mato-grossenses. Em defesa do patrimônio cultural imaterial e material de Mato Grosso do Sul. É professor de “História Regional II”, da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) e de “Cultura Organizacional e Temas Locais”, da Faculdade de Educação, Tecnologia e Administração de Caarapó (FETAC).

 

Livros de poesias publicados:

 

POEMÁTICO DEMAIS (2001);

BOVINOLETRAS (2008);

POESIA DO PANTANAL: BICHO, AREIA E CAL (2009);

SALADA CULTURAL: POESIAS EM 360 GRAUS (2009);

ALICERCE DOURADENSE (2010)