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Cultura

Morre em Dourados o maestro Adilvo Mazzini

05 dezembro 2019 - 20h04

Morreu nesta quinta-feira (5), em Dourados, o maestro Adilvo Mazzini, um dos principais professores de canto de Dourados. Ele sofreu um AVC na segunda-feira (2) e estava hospitalizado.

O DiárioMs repercute que a informação da morte do maestro causou comoção na comunidade artística douradense, especialmente em ex-alunos que por muitos anos conviveram com ele, seja em aulas de canto ou atuando nos diversos corais que regeu em Dourados e região.

Vida e obra

Filho de Carlos Mazzini e Regina Tamanini, Adilvo é natural de Itoupava, município de Rio do Sul (SC), onde nasceu em Outubro de 1943. Frequentou seminários franciscanos de Rodeio (SC), Rio Negro (PR) e Agudos (SP), oportunidade em que teve ensinamentos excelentes, quer em línguas, quer em música, quer em cidadania. Casado com Ilza Rocha Mazzini, é pai de Cristiane e de Adílson e avô de Hanya (filha de Adílson). Chegou no então Mato Grosso em 1966, fixando-se na cidade de Rio Brilhante, como professor de língua portuguesa, educação física, latim e francês.

Em 1970 transferiu-se para Dourados, onde cursou Letras na então UFMS, hoje UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados). Além do magistério, desempenhou funções, principalmente na área cultural, tendo sido Diretor de Cultura da então Funced (Fundação Cultural e de Esportes de Dourados). Fez parte da equipe que implantou o Encontro de Corais Dourados, realizados a cada ano, até meados da 1ª década de 2.000. Fundador e regente do Coral Santa Cecília (depois Coral Guaraoby - destaque no MS), foi ainda regente de outros corais, como os das cidades de Caarapó e Rio Brilhante.

Além de possuir o título de Cidadão Douradense, recebeu várias condecorações pelos serviços culturais prestados. Por longos anos, fez parte do grupo de Regentes Corais da Funarte, a Fundação Nacional de Arte, tendo sido seu coordenador local nos projetos Villa Lobos (canto coral), Rede Nacional da Música (música erudita), Pixinguinha (música popular). Na literatura, além de matérias publicadas em jornais e revistas, algumas do exterior, editou e participou de vários livros, incluindo:
- Retalhos de Mim (2004), solo - poesia;
- Poetas Dourados (2004), coletânea – poesia – org. Nicanor Coelho;
- Estação Catarina - o trem passou por aqui – coletânea – crônicas – org. Fátima Venutti;
- O Banco da Varanda (2012) – parceria com Maria de Fátima Freire de Sá – cartas;
- Rumores da Alma (2015) – coletânea – poesia – Ebook - org Neida Rocha;
- Voz da Montanha – (2016) – Imigrantes, história, usos e costumes, tendo como base a imigração do Vale de Itoupava, Rio do Sul – SC.