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Cultura

Vaticano reconhece irmã Dulce como a primeira santa brasileira

12 outubro 2019 - 20h56

O Vaticano considera, oficialmente, que a Irmã Dulce será a primeira santa brasileira. Embora outras brasileiras e uma religiosa que atuou no país tenham sido canonizadas pela Igreja Católica, a irmã Dulce é a primeira mulher nascida no Brasil que teve milagres reconhecidos. Irmã Dulce, cujo nome verdadeiro é Maria Rita Lopes Pontes, foi uma das religiosas mais populares do país e ficou conhecida pelo trabalho filantrópico e pelo legado que deixou nas Obras Sociais que levam seu nome. Ela será canonizada em cerimônia transmitida diretamente do Vaticano, com o papa Francisco, na madrugada deste domingo (13), em Roma.

Outras canonizações da Igreja Católica envolvendo mulheres ligadas ao Brasil ocorreram em 2002 e 2017. A mais recente, de 2017, reconheceu 30 mártires católicos do Rio Grande do Norte, entre eles mulheres. Os mártires de Cunhaú e Uruaçu sofreram um massacre ao resistir à chegada dos holandeses em 1645. Na ocasião, mais de 80 fieis foram mortos. Alguns tiveram os nomes reconhecidos, outros não tiveram a identidade revelada. O grupo não tem uma história conhecida e não há milagres realizados.

Antes, em 2002, houve a canonização da Madre Paulina, que morava em Santa Catarina, mas nasceu na Itália e chegou ao Brasil aos 10 anos. Por causa da nacionalidade, ela não é considerada oficialmente uma santa brasileira, embora seus milagres tenham ocorrido no país, como a cura de uma mulher com hemorragia e a operação no cérebro de uma menina, que saiu da cirurgia sem sequelas. Por isso, Irmã Dulce dos Pobres é considerada pela Igreja Católica a primeira santa brasileira.

Santo brasileiro

Apesar de a irmã Dulce ser a primeira santa brasileira, a Igreja Católica já reconheceu outro santo do país: Frei Galvão. Ele foi canonizado em 11 de maio de 2007, no Vaticano, pelo Papa Bento 16. Conhecido pelas pílulas milagrosas que, segundo a fé católica, têm poder de cura, Frei Galvão nasceu em 1739, em Guaratinguetá, no interior de São Paulo, onde está hoje o santuário em homenagem a ele.