Menu
Buscarsexta, 19 de abril de 2024
(67) 99913-8196
Dourados
15°C
Cultura

Fragmentos do crânio Luzia são encontrados em escombros do Museu Nacional

20 outubro 2018 - 12h20

O Museu Nacional do Rio anunciou nesta sexta-feira (19) que o crânio de Luzia foi encontrado em fragmentos em meio a escombros do edifício que pegou fogo no dia 2 de setembro. Trata-se do fóssil mais antigo já encontrado no continente americano, considerado uma das principais relíquias que a instituição guardava.

O crânio ficava armazenado em uma caixa de metal, dentro de um armário. Essa caixa também foi encontrada parcialmente destruída. Cerca de 80% dos fragmentos encontrados já foram identificados. A expectativa é de que o crânio seja quase totalmente reconstituído, mas a extensão dos danos e das perdas ainda precisará ser avaliada. Também foram encontradas outras partes de Luzia que o Museu Nacional guardava, incluindo um fêmur, informa a Agência Brasil de notícias.

De acordo com a arqueóloga Cláudia Carvalho, chefe da equipe de resgate do acervo, o esqueleto era frágil, razão pela qual ele não ficava em exposição permanente. "Parte do crânio que estava reconstituído perdeu a cola, então tivemos a liberação de fragmentos que estavam unidos. E alguma parte também foi afetada pelo fogo", contou. O que estava em exposição na ocasião do incêndio ainda não foi encontrado. Isso inclui fragmentos da bacia e ossos das pernas e dos braços.

Cláudia explica que a reconstituição do crânio será um trabalho de quebra-cabeça, mas lembra que há etapas preliminares a serem cumpridas. "Num primeiro momento, precisamos acabar a higienização do material. E daí é importante estabilizar para garantir que nenhum processo de decomposição ou de deterioração esteja em curso", afirmou.