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Cultura

Marçal Filho cobra explicações sobre recursos do FIP cancelados em Dourados

11 junho 2018 - 13h03

Cancelado há quatro meses, continua incerto o destino dos recursos para projetos culturais do FIP (o Fundo de Investimentos à Produção Artística e Cultural de Dourados). A Prefeitura ainda não se manifestou se retomará o programa. "Quem perde não são apenas os artistas locais, mas toda a população que deixa de ter acesso à cultura", diz o vereador Marçal Filho.
Os artistas tinham assegurados R$ 391.200 do FIP e que foram cancelados sob a justificativa de falta de recursos financeiros e orçamentários. De lá para cá a Prefeitura não falou mais sobre o assunto. Presidente da Comissão de Cultura na Câmara, Marçal tem cobrado uma posição da administração municipal.

"Precisamos de um posicionamento sobre como a Prefeitura irá proceder a partir de agora e esperamos que as decisões sejam tomadas em conjunto com a classe artística", avalia o parlamentar.

Quando foi lançado o edital do FIP no final do ano passado, dezenas de artistas elaboraram projetos para concorrer aos recursos, divididos por valores que beneficiavam seis projetos com R$ 25 mil, três no valor de R$ 20 mil, sete de R$ 15 mil, outros sete com R$ 10 mil e um projeto de R$ 6.200.

A cantora Fernanda Ebling, por exemplo, pretendia gravar um CD neste ano. Ela foi uma das artistas aprovadas no projeto e ficou decepcionada com o cancelamento inesperado e de última hora. A escritora e advogada Odila Lange, do Fórum Permanente de Cultura, chegou a ocupar a tribuna da Câmara, na época, para criticar a desvalorização da cultura no município.

Os artistas aprovaram uma moção de repúdio contra a prefeita Délia Razuk. O vereador Marçal afirma que continuará cobrando da Prefeitura um posicionamento e uma resposta sobre o FIP. O parlamentar entende que uma sociedade com mais acesso à cultura e à educação é mais instruída, desenvolvida, consequentemente, ocorrem menos problemas sociais.

Ainda de acordo com o vereador, o recurso disponibilizado pela Prefeitura ao FIP é pouco para ser aplicado durante um ano inteiro, devendo ser ampliado para atender a uma gama maior de artistas, nas áreas de artes cênicas, artes plásticas, audiovisual, artesanato, folclore, literatura, dança e música. (Com assessoria)