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Grupo Zahran assume comando de emissoras da Globo em mais dois estados

24 março 2018 - 14h16

O Grupo Zahran, dono das emissoras afiliadas da TV Globo em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, acaba de incorporar ao patrimônio a TV Anhanguera, que controlava as afiliadas da Globo de Goiás e Tocantins, antes pertencente ao Grupo Jaime Câmara.

O negócio foi fechado no começo do mês e envolveu recursos da ordem de R$ 700 milhões, segundo especulou a revista IstoÉDinheiro, acrescentando que os propósitos dos Zahran, encabeçados pelo experiente Ueze, é constituir uma espécie de Rede Centro-Oeste de Comunicação, a exemplo do que já ocorre no Sul do País.

A revista “IstoÉDinheiro” informa que a rede de emissoras do grupo Zahran, dono de “sete emissoras nos dois Mato Grosso, está entre as cinco mais importantes afiliadas da TV Globo”. O grupo fatura 350 milhões de dólares por ano e está em ascensão, além de controlar o mercado de gás de Mato Grosso do Sul e no Mato Grosso.

Sujeito grandalhão

Reportagem especial da IstoÉDinheiro mostra que, nos anos 50, dona Laila, mãe do jovem Ueze Zahran, queria um fogão a gás, novidade no Brasil e produto ainda futurista lá pelos rincões de Mato Grosso, onde a família morava. Zahran saiu atrás do presente em São Paulo e descobriu um mercado virgem, pronto para ser explorado, não o de fogões, mas o de gás. Começou distribuindo o produto em Mato Grosso e hoje, presente em 20 Estados, a Copagaz é a quinta empresa do setor no País.

“A televisão também era um sonho distante para aqueles lados no início dos anos 60. Zahran adquiriu um transmissor de 100 watts, distribuiu 20 televisores pela região e começou a apresentar programação da TV Record. Hoje, sua rede, composta por sete emissoras nos dois Mato Grosso, está entre as cinco mais importantes afiliadas da TV Globo”, relata a reportagem.

Com faturamento estimado de US$ 350 milhões, o império empresarial de Zahran é o maior do Centro-Oeste brasileiro. Se depender de seus planos, será maior ainda. Zahran pretende construir, em parceria com a Petrobras, uma usina de gás natural. Sozinha, vai triplicar a capacidade de processamento de gás no País, hoje na casa dos 19 milhões de metros cúbicos. Por baixo, será um investimento de US$ 120 milhões, ao definir o homem de 77 anos como “um sujeito grandalhão, aparentando menos de 60 anos que, da sede do grupo, em São Paulo, liga sem parar para seus executivos, pede informações e planilhas e recorda os detalhes
de cada um de seus negócios”.

Lenda

Conhecido como, além de grandalhão, um sujeito brincalhão, Ueze Zahran conta que certa vez, durante uma visita de Roberto Marinho a Mato Grosso, os dois pararam em frente a um aparelho de tevê. Ficaram em dúvida se o programa na tela estava sendo transmitido ao vivo ou tratava-se de videoteipe. “Aposto minha emissora contra a sua de que se trata de videoteipe”, disse Marinho. Chamaram um técnico que deu razão a Zahran. “Até hoje, o doutor Roberto não pagou a aposta”, brinca Zahran.