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Ao comunicar saída, Paulo Barros diz que Portela se livrou de um fardo e agora vai voar livre

07 março 2017 - 13h50Por G1

No dia em que anunciou a saída da Portela, o carnavalesco Paulo Barros afirmou, em entrevista à apresentadora Mariana Gross, do RJTV, nesta segunda-deira (6), que precisa de "novos desafios". Antes de ir para a Vila Isabel, declarou-se para a campeã deste carnaval e, agora, ex-escola.

"Foi uma decisão muito difícil porque a Portela tem um sentimento, tem uma grandeza, uma força que é incomparável. A Portela é muito especial. Mas eu acho que é um desafio para mim, eu preciso de novos desafios, então, estou partindo para mais um, que é retornar à Vila Isabel", explicou o carnavalesco.

O anúncio da saída ocorre dois dias depois do Desfile das Campeãs. A Portela foi a vencedora do carnaval do Rio após jejum de 33 anos. Barros contou que "realizou um sonho de criança" e agradeceu o carinho da nação portelense.

"A Portela se livrou de um fardo e agora vai voar livre como uma grande campeã. E vai entrar na Avenida no ano que vem como uma grande favorita, coisa que não acontecia há décadas. Esse sentimento de que a Portela ressurge, vai ficar guardado para o resto da minha vida", previu Barros.

Com o Carnaval de 2017, foi a quarta vez que o carnavalesco foi campeão no Grupo Especial do carnaval carioca – as outras três vezes foram pela Unidos da Tijuca.

"Está carimbado na minha alma. Foi um dos títulos mais importantes da minha vida".

Barros disse ainda que vai fazer um tatuagem para lembrar a conquista na azul e branco de Madureira e desejou sorte à ex-escola.

"Vai entrar na avenida como grande favorita (...) Um dia, quem sabe, eu volto".

Mal comemorou o título, Barros já começou a pensar no carnaval de 2018. Segundo ele, o enredo para a Vila Isabel foi pensado ainda nesta segunda, enquanto ele dirigia. Fazendo mistério, deu poucas dicas. Disse que o tema vai envolver uma pergunta. "E aí?", despistou.

Histórico

Reconhecido por levar inovação à Marquês de Sapucaí, Paulo Barros iniciou sua carreira como carnavalesco em 1994. Dez anos depois veio a consagração de seu trabalho, quando a Unidos da Tijuca ficou em segundo lugar na disputa. A ousadia de seu trabalho foi o que lhe garantiu maior projeção.

Ele chegou a levar para a Sapucaí um carro alegórico de cabeça para baixo, literalmente. Fez uma réplica do DNA humano usando corpos pintados. Para encantar público e jurados, "arrancou" a cabeça de integrantes de uma comissão de frente e fez outros foliões trocarem de roupas na avenida em passes de mágica. Ele chegou, ainda, a levar uma pista de esqui para o Sambódromo.

A primeira vitória no Grupo Especial aconteceu em 2010, também pela Unidos da Tijuca. Ele garantiu outros dois títulos de campeã para a escola: em 2012 e em 2014.

Depois do terceiro título da Unidos da Tijuca, o carnavalesco foi para a Mocidade Independente de Padre Miguel, que ficou em sétimo lugar no carnaval de 2015.