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Mancha Verde abre a segunda noite do carnaval de São Paulo

25 fevereiro 2017 - 15h00

Sete escolas desfilam neste sábado (25) no sambódromo do Anhembi, na Zona Norte de São Paulo, pelo Grupo Especial. A segunda noite do carnaval paulista tem transmissão ao vivo pela TV Globo. Os portões serão abertos às 19h e os desfiles começam às 22h30.

A Mancha Verde, campeã do Grupo de Acesso em 2016, será a primeira escola a desfilar. Em seguida se apresentam Unidos do Peruche, Império da Casa Verde, Dragões da Real, Vai-Vai, Nenê de Vila Matilde e, por fim, Rosas de Ouro.
Entre os enredos, há diversos homenageados. Dentre eles, Mãe Menininha do Gantois (Vai-Vai), os “Zés” do Brasil (Mancha Verde), os imigrantes nordestinos (Dragões da Real) e as cidades de Salvador (Unidos do Peruche) e Curitiba. O Anhembi ainda contará a história do banquete (Rosas de Ouro) e promete transmitir uma mensagem de paz (Império da Casa Verde).

As escolas serão julgadas nos seguintes quesitos: bateria, harmonia, evolução, samba enredo, mestre-sala e porta-bandeira, comissão de frente, alegoria, enredo e fantasia. Este ano, serão 36 jurados que vão pela primeira vez julgar o carnaval de São Paulo.

Mancha Verde

A Mancha Verde vai homenagear este ano os "Zés" do Brasil. Promovida ao Grupo Especial após vencer o Acesso no ano passado, a escola aposta nos personagens populares do Brasil com o nome José.
A agremiação que nasceu como um bloco de torcedores do Palmeiras na década de 90, virou escola e estrou no Anhembi no ano 2000. A Mancha Verde vai abrir os desfiles desta noite.
O carnavalesco Magoo explica como surgiu a ideia do enredo. “Então, como falar de José? Então essa foi a primeira pergunta que apareceu, o primeiro desafio”, afirma.

Unidos do Peruche

Segundo escola a desfilar neste sábado (25), a Unidos do Peruche vai fazer uma homenagem à cidade de Salvador. O samba-enredo da Peruche é "A Peruche no maior axé, exalta Salvador, cidade da Bahia, caldeirao de raças, cultura, fé e alegria".
O carnavalesco Murilo Lobo explica o enredo: "É uma homenagem à cidade de Salvador que é a primeira cidade do país, o lugar da primeira família. Enfim, a primeira capital. Uma cidade cheia de lendas, mitos."

A escola espera ter um desempenho melhor do que em 2016, quando ficou a uma posição do rebaixamento ao Grupo de Acesso e teve o desfile marcado pela polêmica com a modelo Ju Isen, que tirou a roupa no meio da avenida e foi expulsa do sambódromo durante o desfile.

Império de Casa Verde

Rumo ao bicampeonato, a escola Império da Casa Verde, campeã do carnaval 2016, vai falar da paz em uma nova era. Conhecida pelos seus carros enormes, a agremiação terá uma mulher no grupo de intérpretes. A cantora Carol Oliver fará sua estreia no sambódromo.

Segundo o carnavalesco Jorge Freitas, o desfile quer combater discursos de ódio e usar a festa para mandar uma mensagem de amor.

“Através desse enredo a gente vem plantar a semente da igualdade, da fraternidade. Do congraçamento dos seres humanos, fazendo um mundo muito mais feliz.”

Dragões da Real

A Dragões da Real é a escola mais nova do Grupo Especial e promete transformar o sambódromo do Anhembi em uma grande festa nordestina.

A agremiação vai levar para avenida o enredo "Dragões canta Asa Branca". Uma homenagem ao povo nordestino através do seu maior ícone que é um hino: "Asa Branca".
"A ideia do desfile não é carnavalizar o Nordeste e sim trazer toda a arte, a cultura, o artesanato, folclore nordestino, que é muito rico, para o nosso carnaval", explica o carnavalesco Rogério Félix.

A escola da Vila Anastácio, na Zona Oeste de São Paulo, será a quarta a desfilar na noite de sábado (25). Simone Sampaio é a rainha de bateria da Dragões, que no carnaval de 2016 ficou em 6º lugar.

Vai Vai

Escola com mais títulos no carnaval paulistano, a Vai-Vai irá homenagear Maria Escolástica da Conceição Nazaré, a Mãe Menininha do Gantois. Considerada uma das grandes divulgadoras do Candomblé no Brasil e no mundo, sua história será cantada no sambódromo do Anhembi no carnaval deste ano.

O enredo "No xirê do Anhembi, a Oxum mais bonita surgiu - Menininha, mãe da Bahia - Ialorixá do Brasil" foi composto por Edga Cirillo, Marcelo Casa Nossa, Dama da Vai-Vai, André Ricardo, Rodolfo Alves e Leo Rocha.

“Nós vamos fazer uma grande homenagem à Mãe Menininha do Gantois, essa mulher que foi tão expressiva e que ainda continua sendo”, disse o carnavalesco da Vai-Vai, André Marins.

“Eu costumo dizer que ela foi um dos ícones da divulgação do candomblé dentro do Brasil e no mundo. Ela divulgou a vida do candomblé na parte cultural através do tempo dela que era muito muito reprimido.”

Nenê de Vila Matilde

Uma das escolas mais antigas de São Paulo, a Nenê de Vila Matilde apresenta neste ano, no Anhembi, enredo sobre a história de Curitiba. "Ópera de Todos os Povos, Terra de Todas as Gentes, Curitiba de Todos os Sonhos”, uma homenagem à capital paranaense.

A agremiação já conquistou dois títulos do Carnaval paulistano. O primeiro veio em 1985, quando, além do troféu, a escola também ganhou a oportunidade de desfilar no Carnaval carioca - a única até hoje a ter essa honraria. O bicampeonato aconteceu mais de 15 anos depois, em 2001.

Segundo o carnavalesco Alex Fão, o desfile será focado no legado artístico de Curitiba. Ele promete surpreender com uma réplica de águia, símbolo da escola, gigante.

Rosas de Ouro

Sete vezes campeã do carnaval de São Paulo, a Rosas de Ouro vai contar a história do banquete no desfile deste ano. A escola fundada em 1971 é uma das maiores do Grupo Especial. A Rosas de Ouro vai encerrar o desfile deste sábado.

O enredo vai falar do convívio à mesa, de como é importante fazer uma refeição com a família e com os amigos. O tema é convide, sente-se à mesa e saboreie.

O carnavalesco André Machado explica que o fio condutor do enredo da escola é o convívio. "É o conviver. As pessoas em volta da mesa para celebrar aquele momento”, diz.

"A gente resolveu falar de banquete, até por uma questão atual, né? A Rosas de Ouro já falou sobre gastronomia, mas a gente não vai falar sobre comida. A gente vai falar sobre o convívio mesmo, porque eu acho que o mais importante é a reunião em volta da mesa."