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Educação

Metade das vagas no ensino superior não foi ocupada em 2009

14 janeiro 2011 - 09h26Por Redação Douranews/ com ig

O último levantamento realizado pelo Ministério da Educação mostra que o crescimento do número de universitários no Brasil é tímido. Em 2009, a quantidade de estudantes matriculados no ensino superior foi 2,5% maior do que em 2008. Agora, o País está próximo de alcançar 6 milhões de alunos em universidades, centros universitários e faculdades. O mesmo estudo – o Censo da Educação Superior – mostra, no entanto, que a razão para o aumento modesto não é falta de vagas.

Pouco mais da metade das vagas oferecidas por instituições públicas e privadas em 2009 continuaram vazias após as diversas seleções de candidatos. As duas redes abriram 3.164.679 vagas naquele ano. Do total, 1.653.291 (52,2%) não foram preenchidas. A rede privada amarga o maior prejuízo: 1.613.740 vagas ociosas. Elas representam quase 60% das 2,7 milhões colocadas à disposição nos vestibulares. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira pelo Ministério da Educação.

O cenário não é novo para as instituições. No entanto, a ociosidade da estrutura das universidades, faculdades e centros universitários brasileiros teve um leve aumento – de 2,6 pontos percentuais – em relação a 2008. Em números absolutos, a quantidade de vagas ociosas nas instituições de ensino superior do País não para de crescer. Ela aumenta mais do que as opções oferecidas aos candidatos.

De 2008 para 2009, as vagas oferecidas pelas instituições brasileiras aumentaram em 5,7%, passando de 2,9 milhões para 3,1 milhões. A ociosidade cresceu 10,5% em 2009 quando comparada a 2008. De 1,4 milhão de vagas sem ocupação, a educação superior tem hoje 1,6 milhão. Em 2009, as instituições receberam 1,5 milhão de calouros, sendo que 350 mil foram para as públicas e 1,1 milhão para as particulares.

Desocupação também nas públicas

Apesar da situação pior da rede privada de ensino, as universidades públicas – tão disputadas em seus vestibulares – também possuem cadeiras vazias nas salas de aulas. Apesar dos 2,5 milhões de candidatos inscritos nos processos seletivos das 245 instituições gratuitas do País, 39.551 das 393.882 vagas oferecidas por elas ficaram desocupadas.

As universidades municipais são as mais prejudicadas. Quase a metade (48,7%) das vagas abertas por elas em 2009 ficaram livres. Foram quase 57 mil disponíveis. A concorrência nessas instituições foi, em média, de 1,57 candidato por vaga. As estaduais foram as mais disputadas – nove candidatos por vaga – mas, ainda assim, ficaram com uma taxa de ociosidade de 7,9% nas turmas iniciais dos cursos, que abriram 127 mil novas vagas. As federais são as mais bem sucedidas entre os calouros: em 2009, não ocuparam apenas 0,9% das 210 mil vagas abertas.