Apenas 37,9% dos jovens brasileiros entre 18 e 24 anos têm 11 anos de estudos, conforme divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Isso revela atraso nos estudos, pois esse tempo seria o correto para jovens de 17 anos.
O resultado dessa pesquisa é fundamental na avaliação da eficácia do sistema educacional. O instituto aponta ainda que o Nordeste tem o menor percentual, com 31,8%, enquanto a região Sudeste, com 44%. tem o melhor desempenho.
Comprovado que os estudantes de 18 e 24 anos frequentam nível de ensino abaixo do recomendado, o IBGE diz que o ideal seria que o jovem estivesse no ensino superior. Mas menos da metade dos estudantes (48,1%) está nas universidades e um terço ainda cursa o ensino médio, que deveria ser concluído aos 17 anos.
Ainda assim, pode-se detectar uma melhoria nessa proporção na última década, já que em 1999 o percentual de estudantes nessa faixa etária que estava no ensino superior era de 22,1%.
Também entre a população de 15 a 17 anos, verifica-se atraso na escolarização. Nessa faixa etária, a taxa de escolarização líquida, que indica a proporção da população que frequenta a escola no nível adequado à sua idade, é de 50,9%. Apesar de apenas metade dos jovens de 15 a 17 anos estarem no ensino médio, o índice melhorou em relação a 1999 quando era de 32,7%.
A frequência piora de acordo com a classe social. Entre os 20% mais pobres, somente 32,0% dos adolescentes de 15 a 17 anos de idade estavam no ensino médio, enquanto entre os 20% mais ricos, essa oportunidade atingia quase 78% do grupo. Segundo IBGE, o dado revela que “a renda familiar exerce grande influência na adequação idade/série”.
