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Educação

Cortes anunciados para o Sistema S podem acabar com ensino gratuito

31 dezembro 2018 - 15h47

Embora afirme que a desoneração na folha de pagamento das empresas alivie o setor empresarial como um todo, já que isso é uma bandeira antiga da instituição, o presidente da Fiems, Sérgio Longen, fez um alerta, nesta segunda-feira (31), de que o corte no Sistema S pretendido pelo futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, poderá resultar no fim das gratuidades disponibilizadas pelas unidades do Sesi e Senai em Mato Grosso do Sul e nos outros Estados do Brasil.

A intenção da equipe econômica do novo governo, revelada por Guedes, é de desonerar a folha de pagamento, fazendo com que as empresas que destinarem a diferença entre a nova alíquota e a antiga para gerar novos empregos tenham desconto máximo de 50% nas contribuições para Sesi, Senai, Senac, Sesc e Sebrae, enquanto, no caso contrário, a redução será de 30%.

“Nós, empresários, estamos ansiosos e satisfeitos com as primeiras palavras do ministro Paulo Guedes de que teremos a desoneração da folha de pagamento em índices satisfatórios, que é uma demanda antiga, já que o custo hoje da oneração da folha de pagamento é inaceitável em comparação com o de outros países. Como o ministro tem a fórmula para isso, nós estamos ansiosos, porém, o que ele comenta no momento são os percentuais do Sistema S e na condição de representante do Sistema Fiems quero deixar claro que nós aceitamos a desoneração da folha, mas precisamos avaliar as questões, por exemplo, que envolvem a redução da receita do Sistema”, declarou Sérgio Longen.

Ele explica que, atualmente, por força de lei federal, mais de 70% das matrículas dos cursos profissionalizantes do Senai e mais de 20% das matrículas do ensino básico das escolas do Sesi são gratuitas e, com esse corte, a receita das duas instituições seria afetada, prejudicando diretamente esses milhares de alunos em Mato Grosso do Sul e nos outros Estados brasileiros. “Também entendemos que esses alunos que estão hoje nos cursos profissionalizantes do Senai e na educação básica do Sesi deverão migrar para o ensino público caso sejam retirados os recursos do Sistema S”, comentou, esperando explicações lógicas do futuro Governo que começa nesta terça-feira (1)no Brasil.

O presidente da Fiems reforça que, caso esse corte seja colocado em prática, será preciso rever a lei do Governo Federal obrigando o Sistema S a oferecer 71% de gratuidade nos cursos do Senai e 21% de gratuidade no ensino básico disponibilizado pelas escolas do Sesi. “Nós esperamos também que o Governo pense onde vai abrigar esses alunos que estão matriculados em unidades do Sesi e Senai espalhadas por todo o Brasil. Se ele vai desonerar a folha, estamos satisfeitos, porém, esperamos mais, pois, somente os recursos do Sistema S não são suficientes para conseguir essa desoneração da folha. Há outros penduricalhos, que são recolhidos via folha de pagamento e que nós esperamos que sejam revistos pelo Governo”, lembrou.