O Governo brasileiro está a um passo de transformar em lei o Revalida (Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeira) que hoje é um exame e, de acordo com o projeto aprovado recentemente pela Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, em Brasília, será realizado uma vez por ano pelo Ministério da Educação.
Se o projeto virar lei, todos os médicos formados em outros países e os brasileiros que se formarem em Medicina em faculdades do exterior deverão passar pelo exame para que sejam autorizados a clinicar no Brasil. O projeto tramita pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da casa antes de ir à sanção do presidente Michel Temer.
De acordo com o diretor administrativo da UCP (Universidad Central do Paraguay), Karlos Bernardo, a aprovação desta medida vai definir regras claras e a frequência com que o exame será realizado e com isso haverá de fato uma normatização e a regulamentação efetiva do Revalida.
“Com nossas disciplinas compatíveis aos planos curriculares do Brasil e com a qualidade de ensino que estamos oferecendo aos brasileiros que estão vindo se graduar no Paraguai e em nossa instituição, não temos dificuldade em afirmar que os médicos formados aqui na UCP, por exemplo, terão plenas condições de ser aprovados no Revalida e a definição de regras e normas dará mais tranquilidade para que eles possam fazer o exame e dar início a vida profissional”, disse Bernardo.
Segundo o médico Luís Carlos Sobania, da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, a normatização do Revalida é importante para garantir a qualidade do profissional autorizado a clinicar no Brasil. “O projeto em vias de aprovação final foi largamente discutido pelas entidades médicas”, diz ele.