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Educação

UFGD acolhe haitianos em programa de inserção social

22 setembro 2017 - 20h38

O projeto de extensão “Ações de facilitação da inserção social de haitianos em Dourados”, coordenado pela professora Carolina de Campos Borges, da FCH (Faculdade de Ciências Humanas) da UFGD, está aberto para novos voluntários e parcerias. A demanda mais emergente é por monitores para ministrarem aulas de Português durante o dia, já que muitos haitianos trabalham à noite e então não conseguem participar das turmas que estão em andamento. As aulas de Português ocorrem de terça a sexta-feira, no estádio Douradão.

A estimativa é de que mais de 200 haitianos estejam morando em Dourados, mas Alex Dias, doutorando em Geografia pela UFGD, conta que esse número foi o que conseguiram mensurar por enquanto, através dos contatos com o pessoal do projeto e das ocupações no mercado de trabalho.

Alex está pesquisando a imigração haitiana e no projeto de extensão está colaborando para fazer um diagnóstico desta população, com objetivo de elencar as principais demandas e ter subsídios para buscarem ações específicas. Entre as futuras iniciativas pode estar, por exemplo, a entrada na universidade e por isso é necessário saber a escolaridade atual desta população, entre outros fatores.

O projeto de extensão levou 30 participantes até a Cidade Universitária para que conhecessem a UFGD. Eles foram recepcionados pelas equipes da FCH e Facale (de Comunicação, Artes e Letras) e percorreram o Centro de Convivência, o Restaurante Universitário e a Biblioteca Central, na noite de terça-feira (19) passada.

A coordenadora do projeto, Carolina Borges, explica que a visita serviu para que conhecessem o espaço da universidade e também para que a comunidade universitária soubesse que eles estão na cidade e com essa visibilidade, outros servidores e cursos se sentissem provocados e também realizassem projetos com os haitianos. Para Daniela Valle de Loro, voluntária no projeto e que atua na área de patrimônio cultural, nacionalmente, as universidades e organizações da sociedade civil estão assumindo o papel de acolhimento desta população, já que o Governo Federal fez a parte diplomática, mas não oferece mais que isso. O envolvimento com os imigrantes está avançado em universidades como a UFPR, do Paraná, a carioca UFRJ e a Unicamp, de Campinas/SP.

Esse primeiro contato já despertou o interesse dos participantes do projeto. Diems Louizaire está há oito meses no Brasil e contou que veio em busca de oportunidades de estudos e então perguntou o que poderia ser feito para que ele pudesse fazer um curso na UFGD. Sobre esse ponto, o projeto de extensão buscará articular junto ao Esai (o Escritório de Assuntos Internacionais) futuras formas de ingresso e entre as possibilidades está, por exemplo, o preenchimento das vagas ociosas.

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