O governador Reinaldo Azambuja e o ministro Mendonça Filho, da Educação, apenas inspecionaram as primeiras salas do complexo de ensino profissionalizante construído pelo Governo, com recursos federais e de emenda do deputado federal Geraldo Resende, no final da tarde desta segunda-feira (21) em Dourados.
O local reservado para a cerimônia de entrega da obra, a quadra coberta do Centro Estadual de Educação Profissional “Professora Evanilde Costa da Silva”, conhecido como “Escola do Programa do Brasil Profissionalizado”, construído ao lado do Parque Ambiental do Córrego Rego d’Água, havia sido ocupado antes da chegada das autoridades por cerca de 200 grevistas da área de Educação, que decidiram deflagrar o movimento de paralisação das atividades a partir desta semana na cidade.
Comitiva deixou rapidamente o evento, antes do alerta de manifestantes
Para evitar o confronto e diante do barulho promovido pelos manifestantes na entrada da escola, com apitos e instrumentos de percussão, a comitiva governamental mudou de estratégia: chegou na entrada do prédio, pelo lado contrário onde estavam os grevistas, o ministro e convidados descerraram a placa inaugural, passaram em algumas salas, foram filmados e fotografados e bateram em retirada.
“Já fiz dois discursos hoje em Mato Grosso do Sul, não estamos deixando obra nenhuma sem inaugurar”, reagiu o ministro ao ser abordado pelo jornalista Nicanor Coelho, na saída do prédio, juntamente com o governador, deputados federais e o senador Pedro Chaves. A prefeita Délia Razuk também integrava o grupo e era a mais esperada pelos grevistas. Na quadra, o grupo cantava “retira, retira, retira a liminar”, em alusão à decisão judicial que determina que, pelo menos, dois terços dos professores em greve devem permanecer em aulas durante o períoido da paralisação.
