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A influência religiosa na colonização do novo mundo

25 junho 2017 - 21h52

Martinho Lutero (1483-1546), padre católico alemão, protestando contra a venda de indulgências para a construção da Basílica de São Pedro, em Roma, rompeu com a Igreja e traduziu do Latim para o Alemão, o Novo Testamento que publicou em 1521; depois, com alguns colaboradores, fez a tradução completa das Escrituras, que foi impressa em 1534.

O texto em Alemão, acessível às camadas populares, contribuiu para unificar os dialetos regionais e consolidar a língua alemã. Uma das grandes conquistas da Reforma, foi colocar a Bíblia na mão do povo, que passou a ser intérprete do texto e não mais dependente dos sacerdotes. Como conseqüência, a tradução foi um vetor para a alfabetização daqueles que desejavam um conhecimento mais completo e com liberdade, do texto bíblico.

Uma repercussão parecida teve a King James Bible, uma tradução inglesa da Bíblia em 1611, que consagrou expressões usadas no inglês contemporâneo.

No Brasil, a Nova tradução na linguagem de hoje, de 1988, foi pioneira ao verter a Bíblia para o português coloquial. Em 2003, o texto foi publicado no Brasil, pela editora católica Paulinas.

Traduções da Bíblia são tão antigas, quanto o próprio texto sagrado. A Torá, a lei judaica, foi vertida para o aramaico (a língua de Jesus) no século VI a.C., durante o exílio dos israelitas na Babilônia. No século III a. C., em Alexandria, 72 rabinos trabalharam na Septuaginta, uma tradução grega da Bíblia Hebraica (Antigo Testamento, para os cristãos) que atendesse à comunidade judaica espalhada pela costa mediterrânea e figurasse na mítica biblioteca de Alexandria.

São Jerônimo, (347-420,a.D.), concebeu a Vulgata, uma tradução das Escrituras para o latim vulgar que se tornou a Bíblia oficial da Igreja Católica. GUTENBERG (Johannes Gensfleisch), (1400-1468), imprimiu a Bíblia: a famosa Bíblia de Gutenberg (1455), da qual o Brasil possui dois exemplares. A Bíblia de Gutenberg, junto com a Reforma Protestante, que tinha como meta colocar o texto sagrado nas mãos e no idioma do povo, foi sucesso e impulsionou outras traduções, a partir do século XVI. (Rev. Época, ed. fev/2017, págs. 79/81 e Dic. Enc. Ilustr. Veja Larousse, ed. 2006).

O acesso popular ao texto traduzido da Bíblia Sagrada no vernáculo, fomentou a alfabetização, que se revelou útil em todos os sentidos, inclusive na colonização do Novo Mundo. Alemães e Ingleses alfabetizados, que colonizaram e povoaram a América do Norte e o Canadá, hoje ostentam o título de Primeiro Mundo, enquanto espanhóis e portugueses, analfabetos ou com alfabetização sofrível, passados mais de cinco séculos, patinham, tentando resolver problemas elementares, que os alfabetizados no Primeiro Mundo resolveram há muito tempo!

Em nosso País, o “trabalho” dos políticos teve e tem, como prioridade a cobrança de impostos e o subseqüente desvio dos valores arrecadados. Esse costume decorre da má formação moral, intelectual e religiosa do indivíduo, à frente dos órgãos públicos.

O costume de lesar os contribuintes e emperrar o desenvolvimento do País, têm raiz nos costumes das Nações européias de origem latina, que nos despacharam os primeiros contingentes de colonizadores: analfabetos e misturados a uma multidão de degredados, da pior espécie. Eram Católicos, Agnósticos e ignorantes, que chegaram para colonizar o Brasil. Concomitante, colonizadores protestantes alfabetizados e afeiçoados à leitura bíblica, colonizavam a América do Norte e o Canadá. Confira a diferença!

A oligarquia rural brasileira, quase toda analfabeta, escorava-se no trabalho escravo; promovida a abolição em 1888, no ano seguinte, 1889, os oligarcas proclamaram a República e extinguiram o Império, depondo o Imperador D. Pedro II, que foi, compulsoriamente, expatriado. Depois de governar o Brasil por 48 anos (1841/1889), o Imperador morreu pobre dois anos depois (1891), num quarto do modesto hotel “Bedford”, em Paris. Os republicanos que assumiram o poder, aperfeiçoaram-se para burlar as leis e saquear o Erário, o que fazem até hoje, animados pela impunidade.

Dos colonizadores contemporâneos ao descobrimento no séc. XV, temos um fóssil vivo: o ex-presidente LULA! Apedeuta, não conhece os princípios da moral apregoados na Bíblia Sagrada, intitula-se, contudo, a “Alma mais pura do Universo”.

• O autor é membro da Academia Douradense de Letras.
([email protected]).

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