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Educação

Reforma do Ensino Médio terá audiência nesta sexta em MS

17 novembro 2016 - 16h48

A Fetems está convocando para esta sexta-feira (18) assembleia geral dos trabalhadores em educação de Mato Grosso do Sul, contra a MP (Medida Provisória) 746/2016, que trata sobre a Reforma do Ensino Médio. Na parte da manhã a partir das 9 horas. Acontece a Assembleia na sede da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Básica) para debater questões relacionadas à Medida que trará sérios danos a qualidade do ensino público brasileiro, segundo a assessoria da entidade. No período da tarde, a partir da 13h30, haverá uma Audiência Pública, com o tema “Reforma do Ensino Médio – MP 746/2016”, na Assembleia Legislativa, provida pelo relator da MP no Senado, senador Pedro Chaves (PSC-MS), em parceria com o presidente da Casa de Leis, deputado Junior Mochi (PMDB). O Movimento Sindical da Educação terá 15 minutos de fala e será representado por um dirigente da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), entidade nacional da qual a Fetems é filiada.

De acordo com o presidente da Fetems, Roberto Magno Botareli Cesar, representantes da direção da entidade, acompanhados de um técnico da CNTE (a Confederação nacional da categoria), já se reuniram com o senador proponente da Audiência Pública, segunda-feira (14), no escritório dele em Campo Grande, e deixaram claro e documentado o posicionamento da CNTE e da Federação estadual em relação à reforma considerada descabida proposta pelo Governo Temer no Ensino Médio.

“A reforma possui um vício incansável de origem, que é a ausência de debate social em torno de suas propostas, muitas das quais inéditas no cenário nacional. Essa MP tem inúmeros problemas, além de sequestrar o debate parlamentar sobre a reforma do ensino médio que vinha sendo feito através do PL 6.840/13”, afirma o presidente da Fetems, argumentando que não há base teórica para se retirar filosofia, sociologia, artes e educação física do currículo do ensino médio.

“Todas são disciplinas importantes para a formação pessoal e cidadã dos estudantes, e o correto é mantê-las na parte geral de conhecimentos, podendo algumas ser aprofundadas em áreas específicas, mas o debate deve ser amplo e irrestrito com os movimentos organizados da educação e a comunidade escolar. Não podemos permitir a segregação socioeducacional, que confina a educação dos filhos da classe trabalhadora à educação profissional restritiva de conhecimentos”, disse.