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Atendendo a pedidos, Seo Paulino também vai conduzir a tocha

23 junho 2016 - 15h05

O empenho da Prefeitura de Dourados, por meio da Funed (Fundação de Esportes), garantiu que o atleta Francisco José Paulino, mais conhecido como “Seo Paulino”, de 97 anos, conduza a Tocha Olímpica na passagem pelo município, único do interior onde a chama irá pernoitar dando-lhe o título de “Cidade Celebração”.

O nome dele passou pela comissão de avaliação do Comitê Olímpico, e a confirmação da participação só saiu nesta quarta-feira (22), segundo a Funed. Todos os escolhidos passaram por uma seleção de indicações através dos patrocinadores oficiais.

Segundo o diretor da Funed, Antônio Coca, a Prefeitura havia solicitado uma cadeira de rodas especial, na expectativa de que “Seo Paulino” pudesse participar desse momento histórico. Uma campanha do grupo de corredores de rua “Run4fun” assegurou essa providêmcia.

O atleta nasceu no Cantagalo, Rio de Janeiro, mas vive no município há 42 anos. Devido a sua contribuição, ele lembra que possui o título de “Cidadão Douradense”, além da sua paixão por este lugar. Prova disso é que “Seo Paulino” afirma que ficou feliz em receber a notícia da inclusão no revezamento e conta um pouco sobre seus sonhos.

“Quero deixar essa boa lembrança para a história do local que tem meu coração. Já fiz muita coisa na vida e quando for para o outro lado vou levar comigo este momento. Quantos não queriam?”, indaga. Ele lembra que quando chegou aqui mal havia iluminação e que hoje a cidade é outra. “De cinco anos para cá pegou outra cara”, revela.

“Seo Paulino” tem muita experiência de vida a passar. Ele conheceu o “Mestre Guerreiro” na década de 80, já com 72 anos, no centro de “Capoeira Baiana”. Questionou, então, se poderia fazer parte dos jogos e também participar das corridas de rua. No currículo são mais de 10 provas de São Silvestre, a tradicional corrida do virada do ano promovida pela Prefeitura de São Paulo. “Corri por 20 anos. Parei há dois depois de uma cirurgia que me deixou 10 meses sem poder andar”, conta.

A animação dele é contagiante, assim como o sentimento compartilhado com a família por meio dos seus relatos. Ele é viúvo, tem quatro filhos, e um deles, que leva o mesmo nome de Paulino, ficou ainda mais emocionado com o abraço do pai. Ele veio de São Paulo para visitá-lo. “Esse é o meu grande tesouro”, diz o corredor.

A marca desse exemplo de atleta está registrada na galeria com mais de 100 troféus e medalhas que recebeu ao longo da carreira e pode ser visitada no Centro de Convivência do Idoso, Andrés Chamorro, na Vila Adelina. Pelas redes sociais, muitos internautas chegaram a fazer campanha, questionando se o idoso não seria um dos condutores da tocha olímpica em Dourados.

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