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Opinião

Os desafios e a importância do papel dos novos prefeitos

01 janeiro 2021 - 12h16Por FRANCISCO DAS C. LIMA FILHO

Tomam posse neste primeiro dia do ano de 2021 os novos Prefeitos Municipais, democraticamente eleitos nas eleições de novembro de 2020, com um enorme desafio pela frente. O primeiro e mais importante, certamente será como resolver o grave problema do desemprego que assola todo o pais, com mais de quatorze milhões de desempregados e que para ser reinseridos no mercado de trabalho necessitam da retomada do desenvolvimento e crescimento da economia com a criação de novos e milhões de postos de trabalho.

Mas para que isso aconteça, se depende de investimentos maciços em infraestrutura, saúde, saneamento e educação, especialmente a educação profissional que possa qualificar esses trabalhadores que estão fora do mercado de trabalho, nomeadamente aqueles informais que, durante praticamente todo o ano, ficaram dependentes do auxílio emergencial pago pelo Governo Federal e que terminou em 31 de dezembro de 2020 e que agora não têm nenhuma fonte de renda ou de salário.

Ao lado disso, e prioritariamente, indispensável um programa de vacinação em massa da população para que se possa controlar o maldito vírus da Covid-19, coordenado pelo Ministério da Saúde com a colaboração dos Governos Estaduais e Municipais, sem o que, continuaremos a ver aumentar, a cada dia, assustadoramente, a contaminação de milhões de pessoas provocando óbitos de milhares que estão perdendo diariamente suas vidas porque não temos vacinas e nem mesmo insumos para aplicá-las, em face de se ter politizado a questão que passou a ser objeto de uma condenável disputa política/ideológica, sem nenhum respeito à saúde e à vida das pessoas, a ponto de não termos sequer definida a data em que começará a vacinação, enquanto vários países mundo à fora, inclusive aqui na América do Sul, começaram a vacinar suas populações.

Pensamos que é hora de se deixar as vaidades e as pretensões pessoais e políticas de lado para pensar na população, especialmente nos pobres que sofrem com o desemprego, com a fome e há um ano com covid-19, perdendo entes queridos em face do criminoso negacionismo de algumas figuras do Governo Federal e do descaso com que alguns têm tratado essa questão tão séria e grave.

Ao invés de promessas e discursos vazios e hipócritas, é preciso se criar um programa emergencial de criação de emprego e de trabalho, a exemplo do que ocorreu após o termino da II Guerra Mundial na Europa e nos Estados Unidos, para gerar emprego e renda para essas pessoas, de modo que possam adquirir autonomia para se manterem dignamente com suas famílias. Mas antes, e imediatamente, a população precisa ser vacinada contra a Covid-19, para que possa voltar a consumir, viajar e trabalhar.

E nessa ingente tarefa que, em verdade, se constitui em uma missão, os prefeitos que tomam posse hoje têm um importante e insubstituível papel a desempenhar, pois é nos Municípios em que vivemos e em que os problemas sociais de saúde, educação, desemprego, pobreza e miséria surgem e produzem seus negativos efeitos.

Esperamos, assim, que novos dirigentes municipais estejam cônscios e à altura desse importante papel que têm a cumprir é mais um dever para o qual foram democraticamente escolhidos

• É Desembargador do TRT da 24ª Região.