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Brasil ainda elimina dúvidas para implantar Fair Play Financeiro no futebol

17 agosto 2020 - 18h11


Crise mundial de pandemia, paralisia quase total nos negócios, incertezas na área político-econômica em ano de eleições... e o Brasil debatendo a implantação do Fair Play financeiro no futebol. Qual seria a razão desse interesse meio que fora de época?

Um exemplo vem da Inglaterra, onde o Manchester City foi punido de todas as competições europeias por duas temporadas e ainda levou uma multa de 30 milhões de euros, depois reduzida a 10 milhões, sob a suspeita de que os donos do clube tinham feito aportes ilegais, camuflado receitas e agora, volta por cima, aparece como um dos favoritos da Champions League.

No Brasil, o Fair Play Financeiro ainda está na fase de planejamento. “A previsão é que seja implementado de maneira definitiva ainda esse ano”, afirma, otimista, o presidente da Comissão de Direito Esportivo do Instituto de Advogados Brasileiros, Maurício Corrêa, descartando a hipótese de que, como num passe de página, o País já venha a se tornar, com o FPF, competitivo com as ligas mundiais de sucesso.

O FPF não tem a intenção de equilibrar as ligas. O objetivo é obrigar os clubes a gastarem apenas o dinheiro que tiverem. Ou seja: ao contrário do que muitos pensam, times com mais dinheiro, como Flamengo e Palmeiras, terão permissão para gastar mais, muito mais do que clubes endividados: “O Fair Play Financeiro não é um movimento socialista, que busca o equilíbrio financeiro entre os clubes. Se você tem mais dinheiro, você vai gastar mais”, confirma Pedro Daniel, diretor-executivo da Ernst & Young, durante conversa com o time da Betway, site de apostas esportivas.

De qualquer forma, a parte boa do negócio é que a partir do momento que você tem uma gestão eficaz, com a visão de que as despesas não podem superar as receitas, “cresce a possibilidade de atrair os investidores”, completa Maurício Corrêa. E, como uma consequência, não como um objetivo, o Fair Plaiy Financeiro pode, sim, tornar as ligas mais equilibradas. É esperar para ver como, e quando, o sistema será finalmente implementado no Brasil.

De concreto, o que se percebe, até agora, é que, mesmo já implantado e reconhecido por toda a Europa, o modelo do FPF ainda traz muitas dúvidas e confusões. Porém, as diferentes e conflituosas reações dos principais técnicos da Premier League depois do veredito da CAS (Comissão Arbitral do Esporte), no caso da punição dada ao Manchester City, indicam que ‘o bicho não é tão feio quanto pintam’, repetindo o imaginário popular.

A julgar pela evolução do futebol mundial, e em que pese os recuos estratégicos por conta da pandemia mundial do coronavírus, é de se prever que clubes nacionais como os já citados Flamengo e Palmeiras, acrescentando-se aqui Corinthians, Cruzeiro, Grêmio e Inter, para resumir a alguns grandes brasileiros, certamente já simpatizam com esse novo mercado.

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