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Tecnologia

Prefeitura economiza mais de R$ 1 milhão com Rede Metropolitana de Internet

22 maio 2020 - 12h48

A Secretaria municipal de Administração contribuiu, por meio do Departamento de Tecnologia da Informação, para que mais de R$ 1 milhão fossem economizados diretamente nos cofres públicos municipais em Dourados. Isso foi possível através de um projeto implantado em maio de 2018, onde todo o serviço de internet da Prefeitura passou a ser centralizado, otimizando gastos, tornando a rede mais gerenciável, rápida, padronizada e organizada, sendo possível o monitoramento do tráfego, níveis de sinal, inoperância, instabilidade e qualidade, o que reflete em uma gestão mais barata e eficiente.

O projeto teve início em 2017, quando a prefeita Délia Razuk solicitou à secretária de Administração, Elaine Terezinha Boschetti Trota que otimizasse os gastos públicos, cortando consumos à revelia e regulando serviços permanentes. Todo esforço foi concentrado neste sentido e os envolvidos mapearam as unidades e dimensionaram suas respectivas demandas de tráfego de rede.

“Havia um alto gasto com internet, pouca qualidade e desatendimento em locais remotos. Inadmissível uma situação como esta”, comenta a prefeita Délia Razuk. “Solicitei que todos os pontos de atendimento ao cidadão fossem atendidos (postos de saúde, escolas, Cras, Ceims, etc.) da melhor forma possível”, completa.

De acordo com o diretor de Tecnologia da Informação, Rafael Henrique Koller, a tecnologia que estava em uso (xDSL) não tinha eficiência ante à necessidade de comunicação dos pontos com o data center municipal, por conta dos planos comerciais disponíveis. Outros produtos com tecnologias diferentes foram cogitados, mas o valor não compensava. Além da baixa qualidade e alto custo, os processos de instalação demoravam de 3 a 6 meses, chegando em alguns casos a um ano e em locais fora da área urbana não havia cobertura, ficando assim vários pontos desconectados.

Os pontos precisavam ter acesso na rede da Prefeitura, mas, em alguns casos, não necessariamente à internet. A partir desse problema, o Departamento de Tecnologia da Informação iniciou um estudo voltado ao transporte de dados. A equipe realizou a elaboração do projeto de uma Rede Metropolitana com foco em serviço, vislumbrando aumento de tráfego (throughput), baixo tempo de resposta (latência), alta disponibilidade (SLA) e estabilidade de rede (jitter). Parâmetros estes exigidos em contrato.

Não houve necessidade de compra ou troca de qualquer ferramenta durante o processo e três profissionais estiveram envolvidos na implementação do projeto. Os técnicos notaram um aumento em mais de 43% no número de pontos atendidos (incluindo áreas rurais e indígenas), além de um aumento em mais de 270% na velocidade de tráfego nos pontos atendidos.

“Houve também uma redução em mais de 53% de gastos com internet e economia de mais de R$ 700 mil ao ano aos cofres públicos municipais”, segundo a secretária de Administração, Elaine Trota. “O projeto é fruto de um planejamento realizado por profissionais comprometidos com a qualidade e custo-benefício, voltado a suprir uma necessidade de longa data. Basicamente concentramos o uso de internet e interligamos os pontos em nosso data center, formando um provedor municipal. Um único link de acesso à Internet foi contratado e redistribuímos para os pontos remotos, formando assim uma Rede Metropolitana”, complementa a secretária.

Após a implantação total do contrato (em julho de 2018), todos os pontos previamente levantados estavam operando com velocidades variadas que, em sua totalidade, podem chegar até 2Gbps no ponto concentrador, com latência inferior a 20 ms, Jitter de 4 ms e disponibilidade de 98% (entre o ponto remoto e a prefeitura), além de SLA de 6 horas (em casos emergenciais como hospitais, até 2 horas).

“Além de podermos atender todas as demandas de internet em qualquer lugar da cidade com qualidade, gerando economia e aumentando velocidade, pudemos também restringir acesso a conteúdos impróprios e bloquear tráfego indesejável (streaming, torrentes, vírus, etc.)”, explica o diretor de Tecnologia da Informação, Rafael Henrique Koller.