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Habitação: Um olhar para o futuro

26 dezembro 2019 - 20h05Por Paulo Antunes Siqueira

Na última década o Brasil enfrentou a maior crise financeira da sua história, com recorrentes resultados negativos no PIB e sérias consequências nos mais variados setores da economia.

E é nesse ambiente que o crédito imobiliário brasileiro salta aos olhos como uma das melhores âncoras que se pôde construir em termos de bons resultados.

Os alcances foram invejáveis em um País continental, com diversidades que poderiam ser consideradas obstáculos, mas que foram transformadas em oportunidades.

Essas oportunidades foram responsáveis por indicadores históricos como:
- [ ] Produção de mais de 10 milhões de Unidades habitacionais
- [ ] Participação no PIB brasileiro de 1,8% para 9,5%
- [ ] Elevação da participação no crédito total do país de 5% para 20,2%
- [ ] O total de financiamento representou mais que o dobro da segunda melhor década e mais de 50% de todas as Unidades financiadas no SFH desde a sua criação em 1.964.

A Caixa Econômica Federal, responsável por quase 70% do crédito imobiliário brasileiro, merece todo respeito da nossa sociedade, pois com competência única, forjada na união e no ímpeto de realizar dos seus profissionais, desenvolveu uma inteligência inédita para criar, distribuir e consolidar uma nova habitação social nesse País continental chamado Brasil.

Essa inédita inteligência contribuiu de forma decisiva para a realização de mais de 10 milhões de financiamentos imobiliários, que abrigaram mais de 40 milhões de brasileiros.

Viabilizar o sonho da casa própria para uma nação de mais 40 milhões de brasileiros merece muito mais que aplauso, merece o reconhecimento a todas as Instituições do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo, que na última década passou por transformações extremamente significativas, possibilitando maior conforto e segurança jurídica, como por exemplo através da consolidação dos instrumentos como a Alienação Fiduciária e o Patrimônio de Afetação.

A história registra crises Imobiliárias que afetam toda economia, nos países onde ela se instala.

Na crise de 2008, onde mais de 380 bancos fecharam as portas nos EUA, os termos como bolha imobiliária, arranjos financeiros, sub prime, retomadas em massa dos imóveis, desvalorizações e abandonos dos imóveis, passaram a fazer parte do dia a dia das famílias americanas e de muitos outros países afetados.

No Brasil, mesmo no auge da crise financeira, não vivenciamos esses fatos e os indicadores demonstram que as conquistas foram maiores que os percalços.

Sobre percalços, vale a pena desmistificar alguns deles, sempre de forma propositiva, evitando “jogar a criança fora junto com a água do banho”.

Um jeito novo de fazer habitação popular está em plena gestação pelos quatro cantos desse nosso País continental, fruto do aprendizado que essa última década oportunizou aos bons agentes públicos.

O novo sempre vence, pois tem a capacidade de se colocar no exato tempo onde se encontra, compreendendo o quanto já foi realizado e com muita inteligência o como realmente tudo foi realizado.

O caminho até aqui trilhado, pode significar o atalho necessário para realizar mais e muito melhor.

Nesse sentido, o jeito novo de fazer habitação social em nosso país precisa ser melhor compreendido, reconhecendo seus méritos e sobretudo contribuindo para sua implantação com sucesso.

As soluções locais possuem valores que os recursos financeiros centralizados não conseguem construir, pelo longo caminho que percorre e também pela miopia mercantilista consequente.

Compreender com profundidade para realizar com simplicidade.

Essa dinâmica faz parte do dia a dia de quem precisa e sabe realmente como fazer.

Polinizar as boas práticas realizadas pelo país, centralizando inteligência e não apenas recursos e poder decisório.

Essa é a habitação que olha para o futuro e pede passagem em nosso País.

* O autor é diretor da Caixa Econômica Federal

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